O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, deixou esta quarta-feira um apelo à responsabilidade individual dos cidadãos para travar a pandemia. O apelo do autarca é feito no dia em que entram em vigor novas regras mais restritivas para 121 dos concelhos com maior risco de transmissão, entre os quais Caminha.
Explicando as medidas aplicadas no concelho, como o cancelamento de espetáculos em que não é possível controlar as entradas, Miguel Alves apela “à capacidade da comunidade não só para cumprir esta regras que vigorarão por pelo menos 15 dias, mas também à responsabilidade individual”, pois só esta permitirá conter a propagação do novo coronavírus.
No vídeo publicado na página de Facebook do município, o autarca deixou ainda “duas notas para desmistificar algumas ideias que ainda persistem apesar de toda a informação”.
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“Ao contrário do que se pensa, está não é uma doença que afeta só os velhos. Não é uma doença só nossos avós, os que estão nos lares. Errado. 65% das infeções que temos registadas acontecem em cidadãos, homens e mulheres, com menos de 49 anos. Às vezes os sintomas não são tão fortes ou até nem existem sintomas, mas são estas pessoas que depois levam a doença àqueles que são os seus avós e seus pais e estão em recato”, alerta.
E acrescenta: “Neste momento, no concelho de Caminha, existem cidadãos da nossa terra, com a minha idade [45 anos] ou mais novos que estão hospitalizados em Viana do Castelo com muitas complicações. Não se diga que esta é uma doença só de velhos, é uma doença de todos. E é para todos que temos que trabalhar com a nossa responsabilidade individual”.
Miguel Alves refere, ainda, que nas escolas, empresas e estabelecimentos onde há regras a taxa de contaminação é baixa e controlável, salientando que “mais de 70% das infeções nasceram do relaxamento individual, associado ao convívio pós -laboral, jantares, almoços, encontro de famílias que juntam três, quatro, cinco ou seis casas em festas de aniversário ou em convívios de fim de semana”.
Portanto, o autarca de Caminha alerta: “Não vamos poder ter magustos alargados, não vamos poder fazer almoços e tainadas com os nossos amigos nos próximos tempos. O meu apelo é para que nos possamos conter nas almoçaradas de fim de semana com a nossa família”.
Miguel Alves realça que as celebrações devem ser feitas com os elementos de cada agregado familiar e que, este ano, estão inviabilizados os jantares de natal de empresas e de amigos.