O presidente da Câmara de Barcelos considerou hoje que “será quase impossível fazer a Festa das Cruzes”, a primeira grande romaria do Minho e a maior daquele concelho, que costuma realizar-se entre os fins de abril e primeiros dias de maio.
Em videoconferência de imprensa, para fazer um balanço da evolução epidemiológica no concelho, Miguel Costa Gomes realçou que por aquela festividade habitualmente passam mais de um milhão de pessoas. “Tenho dificuldade em perceber com vamos controlar isto, porque é um espaço aberto”, acentuou o autarca.
Miguel Costa Gomes lembra que a última fase do desconfinamento é a 3 de maio – precisamente o feriado municipal em Barcelos -, quando passarão a ser permitidos “grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação”.
Contudo, o autarca não acredita que, a partir dessa data, haverá uma “abertura total”.
“Vai ser muito difícil fazer a Festa das Cruzes, mesmo que se empurre 15 dias para a frente. Mas vamos ver como as coisas vão correr”, concluiu.
Já no ano passado, devido à pandemia, a Festa das Cruzes não se realizou pela primeira vez em 500 anos de história.
O concelho de Barcelos tem 183 casos ativos de covid-19 registados esta segunda-feira.
Além dos infetados, há 105 pessoas em isolamento.
Desde o início da pandemia, no concelho já se registaram 154 óbitos.