Auditoria deteta “falhas graves” em gestão da anterior mesa da Misericórdia de Barcelos

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos Vítor Coutinho revelou que uma auditoria forense a procedimentos da anterior mesa administrativa detetou “falhas graves”, considerando que “houve uma má gestão”.

O atual provedor, empossado no início do ano, explicou que “o objetivo desta mesa não era a avaliação de gestão danosa ou crime”, mas sim “uma auditoria forense aos procedimentos internos de um conjunto de itens”.

“Foram detetadas falhas graves a nível desses procedimentos internos. A nossa conclusão – porque a auditoria não faz juízos em relação a esta matéria – é que de facto houve uma má gestão da mesa anterior”, afirmou.

Vítor Coutinho explicou ainda que em todos os procedimentos internos avaliados – sobre recursos humanos, núcleo museológico, aquisição de equipamentos de mobiliário para a unidade de cuidados continuados integrados – foram detetadas “falhas graves” e “não houve nenhum procedimento que tivesse sido correto”.

“As conclusões da auditoria forense estão num documento interno, que não foi divulgado porque achamos que devemos salvaguardar a instituição. Quisemos criar um momento zero, um antes e um depois desta mesa administrativa”, justificou.

De acordo com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos “estes procedimentos têm a ver com implicações para o futuro”, como foi o caso da construção de um núcleo museológico de 600 mil euros, realçando que a atual mesa “tem feito um trabalho digno ao longo destes meses e criou-se um momento de esclarecer a opinião pública”.

“Esta auditoria é interna, não foi apresentado o relatório, viemos só a público desmistificar e corrigir algumas afirmações do senhor ex-provedor e agora queremos é fazer o trabalho”, reiterou.

Vítor Coutinho garante que “nunca esteve em causa a gestão danosa ou crime”, mas sim “uma avaliação de alguns pressupostos de como é que se fazia”.

Sobre a Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Santo António, Vítor Coutinho realçou que desde julho esta conta com mais 10 camas de longa duração e 10 de média duração, equipamentos que não faziam parte inicialmente do compromisso do Governo para esta área, mas que a atual direção não descansou enquanto não as colocou na agenda e nas prioridades governativas.

 
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