O indicador da atividade económica “desacelerou significativamente” em setembro, para a taxa mais baixa desde março de 2021, e o indicador do clima económico diminuiu para o mínimo desde abril de 2021, anunciou hoje o INE.
Na ‘Síntese de Conjuntura’ hoje divulgada, o Instituto Nacional de Estatística (INE) avança ainda que o indicador quantitativo de consumo privado “desacelerou em agosto e setembro, após ter acelerado no mês precedente”, enquanto o indicador de confiança dos consumidores “diminuiu em setembro e outubro, atingindo um valor próximo do registado em abril de 2020 no início da pandemia”.
Segundo o instituto estatístico, “o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, desacelerou significativamente em setembro, após ter acelerado em agosto, retomando o perfil de abrandamento registado entre março e julho e registando a taxa mais baixa desde março de 2021”.
“Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu entre agosto e outubro, reforçando o movimento descendente iniciado em março e atingindo o mínimo desde abril de 2021”, refere.
O INE avança também que “os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para setembro, apontam para uma desaceleração da atividade económica”.
Em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria desacelerou em setembro, aumentando 22,3% em termos homólogos (variação de 29,1% em agosto), “significativamente influenciado pelo expressivo aumento de preços na indústria (19,6% em setembro)”. Excluindo o agrupamento de ‘energia’, as vendas na indústria cresceram 18,7% (24,3% em agosto).
No terceiro trimestre, o índice de volume de negócios da indústria aumentou 25,0%, desacelerando face à variação de 26,4% do trimestre anterior.
Já nos serviços (incluindo comércio a retalho), o índice de volume de negócios apresentou uma variação homóloga de 19,2% em setembro (22,1% no mês anterior).
O índice de volume de negócios no comércio a retalho (deflacionado) desacelerou para uma taxa de variação homóloga de 2,1% em setembro, após ter aumentado 5,6% no mês precedente, refletindo “sobretudo a desaceleração do índice relativo aos produtos não alimentares, que apresentaram um crescimento de 3,8% (10,2% no mês anterior), tendo os produtos alimentares apresentado uma diminuição homóloga de 0,2% (variação de -0,1% em agosto)”.
No terceiro trimestre, as vendas no comércio a retalho cresceram 4,3% em termos homólogos (3,6% no segundo trimestre).
Quanto ao índice de produção na construção, desacelerou em setembro para uma variação homóloga de 0,8%, após ter acelerado nos quatro meses precedentes (variação de 3,0% em agosto).
No terceiro trimestre, este índice apresentou uma variação de 2,1%, 0,6 pontos percentuais superior à variação do trimestre anterior.
Relativamente à atividade turística, em setembro o número de dormidas aumentou 37,4% (taxa de 32,3% em agosto) em termos homólogos, aumentando 0,7% face a setembro de 2019.