Declarações após o jogo dos quartos de final da Taça da Liga de futebol entre SC Braga e Estoril Praia (3-1), que decorreu hoje em Braga.
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Foi um jogo bem preparado num curtíssimo espaço de tempo. Estudámos a equipa do Estoril Praia e os nossos jogadores foram bravos. Há um período de 10/15 minutos na primeira parte em que podíamos ter feito três golos e aí podíamos ter arrumado a eliminatória.
Eles arriscam na primeira fase de construção e nós pressionámos sempre bem e obrigámo-los a cometer erros.
O Fransérgio tem uma oportunidade flagrante na segunda parte, talvez a mais flagrante do jogo, e acerta na barra. Depois o Estoril Praia é uma boa equipa, fez o 2-1 numa altura em que eu já estava a pensar refrescar o meio-campo, mas depois estancámos o jogo e fizemos o 3-1.
Uma vitória justíssima contra um adversário muito difícil. Foi preciso um exercício muito grande da nossa parte.
(Calendário apertado e necessidade de reforços) É a responsabilidade que criámos. Estamos a fazer um percurso brilhante na Liga Europa, estamos na próxima eliminatória da Taça de Portugal e agora na ‘final four’ da Taça da Liga, mas até março vai ser jogar de três em três dias sempre.
É público que precisamos de mais uma outra unidade, a lesão do Moura abriu uma brecha e o Galeno tem sido um bocado sobrecarregado, vamos tentar equilibrar o plantel em janeiro, mas está nas mãos do presidente.
(Ser detentor do troféu aumenta pressão?) A minha pressão é ir para casa e, amanhã [sexta-feira], começar a preparar o jogo com o Rio Ave, um adversário fortíssimo”.
Bruno Pinheiro (treinador do Estoril Praia): “Saio com uma sensação muito boa. Acho que fizemos um jogo muito competente, fomos competitivos. Sabemos a força do Sporting de Braga, é um dos grandes, mas, apesar das probabilidades contra nós em determinados momentos, conseguimos equilibrar e tornar o jogo interessante. Estou triste pelo resultado, mas satisfeito pela postura.
Tivemos todo o mérito [em jogar muitas vezes no meio campo adversário], é essa a nossa forma de jogar, é isso que nos caracteriza. Não fizemos tanto tempo como gostaríamos, se dependesse de nós estaríamos noventa minutos no meio campo adversário. Em certos períodos do jogo fizemos isso com qualidade. Andámos à volta da área do Sporting de Braga, nem sempre com a agressividade desejada na procura do golo, mas sabíamos que é difícil.
Esta forma de jogar exige coragem e, dentro da nossa área, qualquer erro pode pagar-se caro. Hoje, podíamos ter sofrido golo numa saída de bola. Mas a verdade é que essa forma de sair a jogar dá muito mais do que o que nos tira. Se hoje disputámos o jogo com o Sporting de Braga foi por força desta forma de jogar”.