Até 300 operacionais da proteção civil para visita do Papa a Fátima

Foto: Lusa

O número de operacionais da proteção civil que vão estar em Fátima por ocasião da visita do Papa ao santuário no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pode chegar aos 300, disse hoje o comandante David Lobato.

“Estamos a falar de, aproximadamente, entre 250 e 300 operacionais, no dia 04 e no dia 05. Será o expoente máximo”, afirmou aos jornalistas, em Fátima, o responsável do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, adiantando que o número de viaturas nestes dois dias se situa entre as 40 e 50.

Estas referem-se, entre outras, a ambulâncias, veículos de transporte, motos e veículos de combate a incêndios e reportam-se, em número de meios humanos e materiais, ao nível III – “nível máximo de empenhamento de meios” – da operação de emergência e proteção civil em Fátima, apontou.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, com o Papa Francisco, de 01 a 06 de agosto.

O Papa chega a Lisboa no dia 02 de agosto, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no dia 05, para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

Segundo David Lobato, as entidades que colaboram nesta operação em Fátima são, além dos corpos de bombeiros, escuteiros, Cruz Vermelha Portuguesa, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (sapadores florestais), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Serviço Municipal de Proteção Civil de Ourém e posto de socorros do Santuário de Fátima.

O comandante das operações de socorro no posto de comando de Fátima explicou que para a operação em Fátima foram estabelecidos três níveis, sendo que o primeiro termina na sexta-feira e contempla, no máximo, 10 ambulâncias e cerca de 30 elementos, seguindo-se, de 29 de julho até dia 03 de agosto, o nível II, até 70 elementos e 25 viaturas. Nestas duas fases, os meios são do Médio Tejo.

Contudo, nos dias 04 e 05, vai estar em Fátima um grupo de socorro da Região Norte, com 10 ambulâncias, precisou David Lobato, reconhecendo que, nesta data, o Médio Tejo não tem capacidade de colocar em Fátima todos os meios necessários.

“Além de termos a JMJ, temos a decorrer o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, que ocupa uma grande fatia dos nossos operacionais”, justificou.

A partir de dia 06 os meios são reduzidos, terminando a operação no dia 10.

Questionado sobre as preocupações para este período, David Lobato apontou o calor, sendo previsível na próxima semana a subida da temperatura, o que pode desencadear casos de insolação e desidratação.

“O centro de saúde de Fátima vai estar aberto no dia 05, das 08:00 às 17:00”, para tratamento de questões menores, como pequenas queimaduras, desidratação mais ligeira ou outras “situações não graves, não emergentes”, adiantou.

Por outro lado, observou que o INEM vai ter em funcionamento um hospital de campanha no Colégio de São Miguel, nos dias 04 e 05.

Ainda no que diz respeito a preocupações, David Lobato apontou o facto de a JMJ realizar-se em agosto, época de fogos florestais, e quando chegam ao país milhares de emigrantes, o que desencadeia um acréscimo do tráfego rodoviário.

“Não tenho dúvidas de que estamos preparados”, garantiu o responsável da proteção civil do Médio Tejo, pedindo às pessoas que se desloquem a Fátima cuidados redobrados, incluindo o consumo de água e uso de chapéu e protetor solar.

 
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