Associação de pais em Braga desmente que crianças fiquem sem almoço

Vereador do PS afirmou o contrário no final da reunião de Câmara
Foto: DR

A Associação de Pais da Escola Básica (EB1) de São Lázaro veio hoje a público, em comunicado, garantir , que “nunca privou qualquer aluno de uma refeição, por dívida ou por qualquer outro motivo”.

Os pais desmentem assim as declarações ontem prestadas, em reunião de Câmara pelo vereador socialista, Hugo Pires, segundo as quais a Associação estaria a negar refeições às crianças cujos pais têm dívidas e também a “publicar ou afixar listas com o nome dos devedores”.

“As declarações do vereador do PS em relação à nossa Associação não correspondem à verdade”, declara o organismo, garantindo que “nunca publicou ou afixou qualquer lista”.

Recorde-se que, o PS acusou, segunda-feira, a Câmara de deixar alunos sem almoço, devido ao atraso dos pais no pagamento das refeições. E indicou o nome daquela EB1 da cidade, como tendo sido uma onde tal sucedeu.

Em resposta, o Município, pela voz do seu presidente, Ricardo Rio, garantiu que nenhum aluno ficou sem comer, por iniciativa da empresa BragaHabit que serve refeições em nove jardins de infância e 12 escolas. E salientou que há 36 mil euros em dívida de 700 crianças.

Em Braga, as refeições são ainda servidas por juntas de freguesia e associações de pais.

O MINHO tentou, mas não conseguiu, uma reação de Hugo Pires.

Aviso aos devedores

Ontem, Ricardo Rio revelou, ainda, ter já acordado com o gestor da BragaHabit, Carlos Videira, que as famílias com refeições em dívida, serão contactadas pelo respetivo agrupamento de escolas.

“Se a sua situação socioeconómica piorou, então será revisto o escalão em que os filhos estão e deixarão de pagar, passando ao escalão A. Caso contrário, se ficarem no B, terão de o fazer porque têm rendimentos para isso”, salientou, acentuando que se trata de uma questão de justiça social.

O edil aproveita para avisar que, quando o processo de reanálise dos rendimentos das famílias estiver concluído, as que tiverem condições de pagar, nos termos legais, “terão de o fazer, sob pena de não serem fornecidos mais almoços aos filhos”.

 
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