A quantidade de sardinha existente em águas portuguesas é, atualmente, “significativamente superior” à que existia em 2015 e 2016, realçou esta quinta-feira o presidente da associação do setor, cujo stock recuperou 30%.
“As organizações de produtores da pesca da sardinha reunidas aqui concluíram que a abundância de sardinha que ficou no mar depois de ter sido encerrada a pescaria ontem [quarta-feira] é significativamente superior àquela que se verificou no ano passado e há dois anos“, afirmou aos jornalistas Humberto Jorge, líder da Associação Nacional das Organizações da Pesca de Cerco (Anopcerco).
“Isso é um motivo que nos orgulha bastante, porque é fruto dos esforços e sacrifícios que o setor tem feito nos últimos quatro anos, em que apenas pescou seis meses por ano”, destacou o mesmo responsável, no final de uma reunião de quase quatro horas entre dez organizações de produtores, desde Viana do Castelo até ao Algarve.
Humberto Jorge reforçou que, além de ser “um motivo de orgulho”, dá confiança ao setor que “é possível melhorar o plano de gestão, que tão bom resultado deu, com uma recuperação do recurso em cerca de 30% só entre 2015 e 2017“.
A fonte adiantou que os produtores pretendem que o plano de gestão garanta, por um lado, que a recuperação do stock’ continue ao mesmo ritmo que se verificou e que, por outro lado, permita encontrar uma solução para a pesca em 2018, que garanta a viabilidade das embarcações”.