As Feiras Novas em Ponte de Lima acabaram ontem com um dia dedicado à Nossa Senhora das Dores, padroeira da romaria.
A missa presidida pelo bispo de Viana do Castelo, João Lavrador, a procissão e a despedida das bandas de música foram os destaques.
As Feiras Novas de Ponte de Lima foram classificadas como Património Cultural Imaterial em novembro de 2023.
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República (DR), a inscrição da manifestação Feiras Novas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial destaca “a relevância desta prática enquanto reflexo da identidade da comunidade de Ponte de Lima no presente, a sua importância histórica no desenvolvimento cultural e económico do território em que se insere, as dinâmicas de transmissibilidade de práticas desenvolvidas ao longo de gerações na comunidade e entre os grupos e intervenientes mais diretamente associados”.
A proposta de classificação das Feiras Novas, celebradas em honra de Nossa Senhora das Dores, partiu da Câmara de Ponte de Lima, que submeteu o pedido em 2016.
As Feiras Novas, assim designadas desde 1826, ano da autorização oficial por Provisão Régia da Chancelaria de D. Pedro IV estão enquadradas “na categoria das festividades cíclicas, marcadas por um forte pendor religioso e cultural”.
As festas concelhias “vão buscar as suas raízes à devoção a Nossa Senhora das Dores e ao apego à terra e às tradições, apresentando e mantendo um programa eclético que estabelece uma simbiose perfeita entre o ciclo da natureza e o calendário litúrgico”.
A romaria é organizada pela Associação Concelhia das Feiras Novas e pela câmara municipal, e atrai, todos os anos milhares de pessoas.