A maior parte das intervenções de dirigentes e militantes do PSD ontem produzidas na Assembleia Distrital de Braga do partido foram a favor da continuação de Rui Rio como presidente do partido embora João Granja, vice-presidente da Distrital e Hugo Soares, deputado na Assembleia da República, tenham apoiado a posição de Luis Montenegro, já o presidente da Distrital, o eurodeputado José Manuel Fernandes, considerou que o pedido de eleições diretas feito por Luís Montenegro, seria “um precedente grave”.
Ao que O MINHO apurou, de várias fontes, a reunião decorreu com grande cordialidade e em clima democrático, apesar das divergências quanto ao futuro do partido.
A Assembleia contou com a presença dos ex-ministros Miguel Macedo – que veio cumprimentar e despedir-se dos militantes – e de Poiares Maduro que foi o orador convidado e falou sobre descentralização.
José Manuel Fernandes abriu as intervenções políticas, dizendo, a começar que o atual Governo “é um falhanço, recorrendo a truques e a ilusões para tentar enganar os portugueses”.
Afirmou, de seguida, que discorda da posição de Montenegro, considerando que seria “um precedente grave” a realização de novas eleições, um ano depois das últimas. O eurodeputado vincou que não é contra que um militante ou dirigente teça críticas ao líder, mas defendeu a tese de que a posição do antigo líder parlamentar do PSD seria um “g nolpe de estado” e desvalorizou as sondagens e aqueles que as utilizam para tentar derrubar Rui Rio.
De seguida, João Granja e Hugo Soares evocaram, precisamente, as sondagens para dizerem que o partido precisa de outro rumo, e consideraram que a atuação de Montenegro não viola os estatutos, logo não é um golpe de estado”.
Seguiram-se uma dezena mais de intervenções políticas, a maioria contra novas eleições internas, com destaque para a do presidente de Esposende, Benjamim Pereira que se manifestou contra a posição de Montenegro, e criticou Pedro Santana Lopes, que apoiou nas últimas diretas, por ter criado um novo partido.