Pelo menos quatro membros do gangue suspeito de vários assaltos a vivendas na região minhota, e ao banco Santander, este talvez o maior assalto alguma vez registado em Braga, pediram a instrução do processo em que foram acusados desses crimes.
O inquérito continua no Tribunal de Guimarães, de onde saiu a acusação do Ministério Público, desconhecendo-se se a fase de instrução será ali feita ou se virá para o Tribunal de Intrução de Braga.
Os clientes lesados calculam que terão sido levados do banco Santander, na Avenida Central, na noite de São João, mais de dez milhões de euros depositados em 58 cofres individuais. Um valor que inclui dinheiro vivo, jóias, ouro e relógios de coleção.
O gangue, alegadamente com 11 membros, que foi detido no início de julho pela GNR, assaltou, também, as casas do cantor limiano Delfim Júnior e do empresário Domingos Névoa, suspeitando-se, ainda, que terão furtado, em junho, 300 mil euros na ourivesaria Carlos Pires Joalheiro no centro de Braga.
O Santander Totta lamentou, na ocasião,” as consequências para os seus clientes da atuação criminosa de terceiros” e disse que “continuará a colaborar ativamente com as autoridades para um total apuramento das circunstâncias do crime, sendo prematuras quaisquer conclusões sobre esta matéria”.
A concluir, garantiu, ainda, que “não deixará de assumir as responsabilidades que sejam devidas na salvaguarda dos interesses dos seus clientes”.
Mas estes suspeitam que tenha havido negligência já que a porta de segurança que dava acesso aos cofres estaria aberto. O que as autoridades investigam.
Alguns dos lesados constituíram-se assistentes no processo e já entraram com pedidos de indemnização contra os assaltantes e contra o banco.