O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, que agora é o principal arguido do “caso EDP”, foi esta sexta-feira fotografado na Quinta do Assento, em Gondizalves, Braga, onde se encontra com um regime de prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, às ordens do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, em alternativa a caução de seis milhões de euros.
Manuel Pinho encontra-se em Braga, desde a tarde de quarta-feira desta semana, a residir com a mulher, Maria Alexandra Fonseca Pinho, mais uma filha e um genro, numa quinta, da freguesia de Gondizalves, onde as obras de remodelação continuam, durante todos os dias, porque depois de terem sido reabilitadas as duas moradias da propriedade, herdada da família, com origens em Braga, estão a arranjar os jardins e todos os acessos em redor.
A mulher de Manuel Pinho terá ainda entretanto que se apresentar quinzenalmente, agora no Posto da GNR de Braga, após ter residido com o seu marido, nas últimas semanas, em casa da sua mãe, no Algarve, mantendo-se, tal como o antigo ministro da Economia de José Sócrates, em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, tendo também entregue o seu passaporte, uma vez que alegou não dispor de um milhão de euros para pagar a sua caução carcerária, tal como o marido, Manuel Pinho, não terá seis milhões de euros para prestar a caução, posição anunciada, desde logo, pelo advogado de ambos, Ricardo Sá Fernandes, que reiterou tal situação durante esta semana quando prestou declarações a O MINHO.
A Quinta do Assento ocupa um quarteirão da freguesia de Gondizalves, tendo sido tapada, nos últimos dias, para preservar a intimidade da família de Manuel Pinho, com segurança privada, a cargo da empresa Prosegur, enquanto permanentemente entram e saem camiões com material de jardinagem e obras de construção civil, estando a ser calcetadas as zonas envolventes às duas principais construções da propriedade, situada a escassas centenas de metros do troço entre Braga e Barcelos, da Estrada Nacional 103, num acesso à Clínica de Santa Leocádia, em frente ao condomínio de luxo do Assento, abaixo do Café Mocho.
Nos últimos dois dias, a presença de Manuel Pinho tem despertado a curiosidade entre os moradores da zona, pouco habituados a tanta azáfama, naquela zona a oeste do concelho de Braga, bastante solarenga, já perto do mosteiro beneditino de São Martinho de Tibães.
O referido condomínio de luxo tem a sua principal rua com o nome de um falecido tio de Manuel Pinho, o médico Lito Gomes de Almeida, que foi presidente do SC Braga e da Liga de Clubes de Futebol Profissional, sepultado aos 54 anos, quando era presidente da Câmara Municipal de Espinho, para além de estar também ligado à Empresa Hoteleira do Gerês, com transporte de passageiros e ainda a dois hotéis na vila do Gerês.