Pedro Martins, treinador do Vitória SC, falou após a derrota em Guimarães, por 1-0, contra o Tondela.
(Sobre o jogo) “As coisas, de facto, têm sido cruéis. É levantar a cabeça, ninguém baixar a guarda e ser resiliente. A entrega da própria equipa, nos momentos mais complicados, foi sempre inexcedível, nomeadamente na segunda parte. Na primeira, o jogo foi mais dividido. Tivemos duas oportunidades, e o Tondela tem uma. Mas, há alguns momentos em que o Tondela está melhor no jogo em termos da posse e outros períodos em que estivemos nós.
Na segunda parte, só deu Vitória. Não me lembro do Tondela criar uma oportunidade. Acaba por fazer um golo de penálti. Fomos sempre à procura de ganhar o jogo. Depois, tivemos a grande oportunidade do Raphinha. Faltou-nos neste jogo alguma frieza para sermos eficazes. É descansar nestes três dias. Esperemos que acabe este tipo de malapata, e as coisas comecem a correr melhor na segunda volta.
(Houve mais demérito?) Nesse aspeto (da eficácia), sim. Jogámos no meio-campo, não permitimos transições. Só agora, na parte final, quis avançar o Marcos (Valente). A equipa esteve sempre muito coesa, muito estável nesse aspeto e criámos várias situações para fazer o golo. Não permitimos que o adversário saísse dos últimos 25 metros. Não é fácil. Muito poucas equipas conseguem fazer o que fizemos.
(Sobre a contestação dos adeptos) Tanto eles, como nós veem isto numa perspetiva ‘resultadista’. Nós vivemos de resultados e o Vitória também. Achámos (a contestação) perfeitamente normal, porque é a exigência deste clube. É esta grandeza que o torna também especial. Mas, também vi muitos momentos em que apoiaram a equipa até à exaustão, pelo empenho e a forma como a equipa se bateu”.