Declarações após o SC Braga – Nápoles (1-2), jogo da primeira jornada do Grupo C da Liga dos Campeões de futebol, disputado em Braga:
– Artur Jorge (treinador do SC Braga): “Não sei se a sorte é a palavra certa para definir o jogo. A minha avaliação é que fizemos um bom jogo do ponto de vista coletivo. Dentro do plano elaborado, houve um grande compromisso e desempenho dos jogadores. Naturalmente, fico mais desiludido com o resultado. O jogo teve momentos de igualdade entre uma e outra equipa, sem grande ascendente do nosso adversário, embora reconhecendo a grande qualidade que tem. Ficamos com a sensação de que poderíamos levar mais do que aquilo que acabámos por ter.
Tivemos um jogo onde fomos muito equilibrados, não só em nós mesmos, mas no confronto com o Nápoles. Tivemos alguns momentos na primeira parte com ascendente do Nápoles, mas acabámos por igualar. No início da segunda parte, estivemos por cima do jogo. Chegámos ao golo que nos dá igualdade perto do fim, mas o segundo golo tira-nos qualquer tipo de reação. É aí que eu sinto algum tipo de injustiça face ao que aconteceu. O empate seria mais justo.
É um caminho que temos de percorrer e que tem percalços. Fomos fazendo com que o detalhe, o pormenor não fosse determinante para o fundamental no resultado. Toda a equipa se comportou dentro do plano. Um lance de bola parada e um autogolo depois de incidências para que aparecesse o segundo golo. Houve jogadores que se estrearam na fase de grupos da Liga dos Campeões, mas não vejo que isso tenha feito grande diferença no seu desempenho. Podíamos e queríamos mais. Tivemos um comportamento para merecermos mais.
Eu continuo a acreditar que este é um grande Nápoles, de grande qualidade individual e coletiva. Se tivemos um Nápoles abaixo do expectável, isso deve-se em muito ao grande desempenho que nós, SC Braga, tivemos.
O desempenho da equipa não justificava alterações de fundo. A entrada do Rodrigo Zalazar procurou dar características diferentes à equipa, para levar mais a bola para a frente e ter um jogador diferente do Al Musrati à sua frente. A entrada do Simon [Banza] deu-se para ter um jogador mais físico na área e, para num forcing final, termos gente capaz de finalizar as jogadas que iríamos criar. As entradas do Pizzi e do Adrián Marin, após o golo do empate, procuraram estabilizar a equipa, mantendo o seu traço original”.
– Rudi Garcia (treinador do Nápoles): “É preciso muita qualidade para ganhar um jogo destes. Fizemos uma boa partida. Estivemos bem na primeira parte. Tivemos pouca sorte nalguns dos remates. O Matheus fez uma defesa incrível.
Começámos bem a segunda parte, mas o Braga colocou mais jogadores no ataque. Esperávamos que o Braga se expusesse na segunda parte, a perder por 1-0. Poderíamos ter feito mais no contra-ataque. Mesmo depois de sofrermos o golo [do empate], recuperámos para ganhar. O Braga é uma equipa com qualidade.
Espero que façamos mais golos quando criamos muitas oportunidades. É mais fácil começar a Liga dos Campeões em casa. É muito difícil vencer uma partida da ‘Champions’. É preciso recordar que tivemos de retirar o Amir Rrahmani [aos 13 minutos]. O Nápoles é a única equipa italiana que ganhou na primeira jornada. Foi uma vitória do grupo. Vamos agora preparar o jogo em casa com o Real Madrid [para a segunda jornada do Grupo C].”