O Botafogo, treinado pelo português Artur Jorge, ex-técnico do SC Braga, qualificou-se quarta-feira para as meias-finais da Taça Libertadores de futebol, ao impor-se no desempate por grandes penalidades (5-4) no estádio do São Paulo, após igualdade 1-1 no jogo da segunda mão.
O médio Matheus Martins manteve a frieza perante o guarda-redes Rafael no ‘momento da verdade’, imediatamente após Rodrigo Nestor ter falhado da marca da grande penalidade, e carimbou um apuramento histórico, 51 anos após a última presença nesta fase da competição.
Em 1973, o Botafogo apurou-se para as meias-finais da mais importante prova sul-americana de clubes, que eram constituídas por dois grupos de três equipas cada, com os primeiros classificados a ganharem o direito a disputar o jogo decisivo. Os brasileiros terminaram em terceiro e último lugar do Grupo 2.
Após o empate 0-0 na primeira mão, a equipa orientada por Artur Jorge colocou-se cedo em vantagem na eliminatória, graças a um golo marcado pelo argentino Thiago Almada, aos 15 minutos, mas os anfitriões só não empataram antes do intervalo porque Lucas Moura desperdiçou um castigo máximo, aos 45+5.
Perto do fim do tempo regulamentar, aos 87 minutos, o São Paulo empatou por outro avançado argentino, Jonathan Calleri, e o Botafogo, líder do campeonato brasileiro, teve de esperar pela fórmula de desempate para alcançar um apuramento histórico.
Após ter superado o quinto classificado do Brasileirão, a formação de Artur Jorge fica à espera do vencedor da eliminatória entre o Flamengo, quarto posicionado no campeonato brasileiro, e os uruguaios do Penarol, que venceram por 1-0 na primeira mão.