Artur Feio foi reeleito presidente da Concelhia do PS de Braga, com 444 votos, este sábado à noite enquanto o outro concorrente, Jorge Faria, se ficou pelos 119, disse à Lusa fonte do partido.
Segundo a fonte, registaram-se ainda cinco votos brancos e cinco nulos.
Estas foram eleições intercalares, provocadas pela demissão de Artur Feio, que em janeiro de 2018 tinha sido eleito presidente da Concelhia.
Feio justificou a sua demissão com os “constantes ataques e dúvidas sobre a legitimidade do órgão”, levantados pela lista derrotada, igualmente liderada por Jorge Faria.
A lista derrotada recorrerá do resultado das eleições por considerar que a lista de Feio não podia ter ido a votos, por alegada violação do regulamento do PS, ao ser entregue sem a respetiva moção política.
“A vitória de hoje [sábado] é cabal e esclarecedora, reforçando em 10% o resultado que alcançámos em 2018”, referiu Feio à Lusa.
Rotulou ainda a lista opositora como “um velho PS” de que a sua equipa se quer “distanciar”.
“É um novo caminho que hoje se abre, ergue e renasce”, acrescentou.
Contactado pela Lusa, Jorge Faria sublinhou que o PS no concelho “está desmobilizado” e que Artur Feio “está intimamente ligado” ao declínio do PS em Braga nos últimos anos.
“Antes das eleições de 2013, o PS tinha seis vereadores, atualmente tem três, e, nestes últimos anos, Artur Feio esteve sempre lá”, referiu.
Disse ainda lamentar que o PS em Braga apenas se mostre “mobilizado” para eleições.
O mandato da equipa hoje eleita termina em janeiro de 2020.
Mensagem de Artur Feio após a eleições deste sábado:
Caros amigos e camaradas,
Recebemos com tranquilidade os resultados da eleição intercalar que nos deu a vitória para a Comissão Política da Secção de Braga do Partido Socialista.
A expressão dos votos representa um grande voto de confiança naquilo que tem sido o nosso trabalho ao longo dos últimos meses. 79% dos votos é um resultado que nos deixa extremamente orgulhosos, contudo redobra a responsabilidade perante os militantes da Secção e perante os bracarenses.
O PS é um partido maior que os individualismos e que os egos pessoais. É um partido que pela sua história democrática não tem inimigos, nem internos nem externos. E por isso, reiteramos a convicção de que a partir de hoje o PS é só um e todos são poucos para o longo trabalho que temos pela frente. Sem euforias, esta é a hora da união e de preparar os desafios que queremos vencer. Todos são fundamentais: militantes, autarcas, independentes… ninguém fica para trás. É hora de Servir, Crescer, Vencer.
Será com muito orgulho que continuaremos a liderar o destino da Secção e a ser o rosto de todos…