Artesã de Viana do Castelo faz cruz com mil lantejoulas pelo fim da pandemia

O confinamento não esbate a fé, a qual se pode traduzir de várias formas. No caso de Isabel Lima, de Viana do Castelo, esta época de isolamento social, causada pela pandemia covid-19, inspirou-a para, “em silêncio profundo e com muita devoção”, criar uma cruz diferente e repleta de significado.

Com “cerca de 1000 lantejoulas como adorno da Cruz que corresponde ao brilho da luz da Aleluia”, a cruz concebida por Isabel Lima “simboliza a memória pela pneumónica e a solicitude do fim da resistência agressiva do coronavírus”, explica a autora, que já tinha feito a estola bordada a fio de ouro e que ofereceu ao Papa Francisco, aquando da vinda do sumo pontífice a Portugal.

A cruz em seda branca, destaca a artista, “simboliza o ‘Trido Pascal’ que este ano nos remete para a introspecção”. E da mesma forma que “os vianenses prometeram organizar anualmente uma peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus, em Santa Luzia, pelo fim da pneumónica”, também Isabel Lima irá entregar esta sua criação naquele templo. “Será para oferecer ao Sagrado Coração de Jesus, em Santa Luzia, que a mim me diz muito, porque foi o meu avô materno, Emídio Pereira Lima, quem dirigiu as obras do templo”, realça.

Para já, a cruz ficará em sua casa. “Mal seja possível, farei a entrega no templo. Até lá, guardo-a no meu ‘altar’ improvisado de casa”,conclui.