Arquiteto de Ponte de Lima entre os melhores arquitetos jovens do mundo

O arquiteto limiano Paulo Afonso encontra-se entre os dez arquitetos nomeados para o Prémio Début da Trienal de Arquitetura de Lisboa. Esta distinção destina-se a arquitetos com menos de 35 anos, tendo recebido mais de 140 candidaturas, provenientes de 39 países.

Paulo Afonso é formado pela Universidade do Coimbra, com a tese “Projecto Urbano em Centros Urbanos Pré-Industriais”, tendo frequentado também a NTNU, em Trondheim (Noruega), no âmbito do Programa ERASMUS.

Desde 2009, colabora com vários gabinetes de arquitetura, ao mesmo tempo que desenvolve trabalho por conta própria. OAB – Carlos Ferrater Partnership, em Barcelona (Espanha) e 51-1 Arquitectos/ Supersudaca, em Lima (Perú), neste último como Chefe de Projeto, são dois desses gabinetes.Arquiteto Paulo Afonso no Peru

Em 2012, ajudou a fundar AMA – Afonso Maccaglia Architecture onde, até 2014, desenvolve maioritariamente projectos educacionais em áreas remotas da selva peruana, entre os quais uma Escola em Chuquibambilla (na fotografia), projecto que ficou em 2.º lugar na categoria World Habitat and Social Development (International Competition) na Bienal de Quito, em 2014, e o Espaço Multifuncional Mazaronkiari, finalista na X Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo.

A edição de 2016 da Trienal de Arquitetura de Lisboa, a quarta, realiza-se entre 05 de outubro e 09 de dezembro.

O prémio Début Lisbon Triennale Millennium bcp será entregue na primeira semana do evento, antes de 09 de outubro, estando programada uma conferência com o vencedor na última semana.

A lista de candidatos, conforme divulgado no site da Trienal, inclui os arquitetos Al Borde (Equador), ASA STUDIO (Ruanda), Carles Enrich (Espanha), El Umbral (México),  Hevia + Urzúa (Guillermo Hevia García + Nicolás Urzúa) (Chile), Paulo Manuel do Vale Afonso (Portugal), Pedro Pitarch (Espanha), PLURAL (Eslováquia), Terra e Tuma Associated Architects, (Brasil) e UMWELT (Scheidegger & Garcia Partarrieu) (Chile).

O júri  é composto por André Tavares, Fernanda Barbara, Luís Santiago Baptista, Margarita Jover, Mimi Zeiger, Tetsuo Kondo e Tim Abrahams, um conjunto de “influenciadores internacionais no campo da arquitetura”, de acordo com a organização.

“A arquitetura é uma realização colectiva”

Paulo Afonso, diz estar “obviamente muito contente” por ver o trabalho que desenvolve ser reconhecido, “especialmente por instituições importantes ligadas à profissão, como é o caso da Trienal de Lisboa, e especialmente neste caso específico por ser da parte de uma instituição portuguesa”.

“Ao mesmo tempo, ver reconhecido o esforço que um faz por tentar fazer um trabalho de qualidade, apesar da situação difícil do mercado da arquitetura neste momento, é uma motivação para continuar a fazê-lo”, assinala.

O jovem arquiteto, agora a residir em Portugal, não se esquece das pessoas com quem já trabalhou.

O exercício da arquitetura e o sucesso dos projetos não é resultado exclusivamente de um indivíduo, mas é uma realização colectiva. Este reconhecimento é também extensível às pessoas que trabalham ou já trabalharam comigo”, sublinha.

O trabalho de Paulo Afonso pode ser seguido através do seu sítio na Internet em paulovaleafonso.com.

 

logo Facebook Fique a par das Notícias de Ponte de Lima. Siga O MINHO no Facebook. Clique aqui

 
Total
0
Shares
Artigos Relacionados