O arquiteto Rui Parente Tavares lançou uma petição pública a pedir “cancelamento imediato” da Festa do Avante, face à pandemia de covid-19.
Numa carta dirigida ao secretário geral do PCP, ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, o bracarense apelida a realização desta festa como algo “desrespeitoso”, invocando “mortes que se continuam a acumular” um pouco por todo o mundo.
Recorda a decisão de confinamento semi-global que “obrigou famílias inteiras a perder o rendimento, a passar dificuldades e ver entes queridos ceifados por esta terrível guerra invisível”.
“Num país onde todas as manifestações públicas de cariz cultural e religioso foram canceladas, os lares estão privados de visitas, onde os nossos pais, avós e bisavós se encontram numa espécie de prisão domiciliária e nós num castigo constante de não os poder consolar”, aponta ainda o responsável pelo apelo lançado hoje, que conta com 30 assinaturas.
“Todos os restantes festivais, não apenas de música, foram cancelados ou proibidos, trazendo para a dificuldade social todos os agentes de espectáculos, artistas e pessoal que não dá a cara mas que faz esses mesmos festivais acontecerem”, recorda.
Pede ainda “transparência nas decisões” e que estas sejam “apartidárias” e “racionais”, apelando ainda para o respeito pelos cuidadores de saúde que “estão a fazer um trabalho incrível”.