Arquidiocese de Braga preocupada com aumento de acidentes graves no distrito

“Quantidade de mortos em acidentes de motas bastaria, por si só, para impressionar”
Arquidiocese de braga preocupada com aumento de acidentes graves no distrito
Foto: Ivo Borges / O MINHO / Arquivo

A Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga mostrou-se hoje preocupada com o aumento do número de acidente rodoviários graves ocorridos no distrito.

“As notícias sobre acidentes de viação com vítimas mortais ocorridos nas estradas nacionais – e, particularmente, nas da nossa arquidiocese – têm sido excessivamente frequentes. A quantidade de mortos em consequência de acidentes de motas bastaria, por si só, para impressionar”, escreve a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga, presidida por Eduardo Jorge Madureira Lopes, numa missiva enviada a O MINHO.

Aquele órgão da Arquidiocese salienta que, de acordo com os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, “no distrito de Braga, houve um aumento da sinistralidade grave nos primeiros dez meses do ano passado, tendo os acidentes rodoviários provocado mais mortos (+16,1%) e mais feridos graves (+9,6%) do que no período homólogo do ano anterior”.

“Em meados de julho deste ano, as consequências mais graves da sinistralidade rodoviária no distrito de Braga traduziam-se já em 19 mortos e 89 feridos graves”, salienta.

“Perante este drama que quotidianamente ocorre nas estradas portuguesas, não é possível desviar o olhar, considerando que esta tragédia é um fruto do azar. Não é o destino que dita a maioria ou, pelo menos, uma grande parte dos acidentes. Eles são, de facto, muitas vezes evitáveis, defende a Comissão de Justiça e Paz.

O texto recorda um documento do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, no qual é referido, “sem dúvida, nem o automobilista, nem o motociclista ou o peão imprudentes desejam as consequências fatais de um acidente por eles provocado, e nem sequer têm a intenção de causar prejuízo à vida ou aos bens dos outros”. Mas, contrapé, o certo é que quando se circula imprudentemente coloca-se em perigo vidas e bens, “o que pressupõe uma violação da lei moral, por causa da índole voluntária do ato”.

“O utente da estrada, automobilista, ciclista ou peão – e é necessário acrescentar o condutor de trotinetas –, tem a ‘responsabilidade moral’ de respeitar o mandamento que impõe: ‘Não mates'”, vinca a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga.

E conclui: “Precisamos de estradas seguras, sem vítimas. A Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga exorta a que cada um cumpra a sua parte para que as estradas não sejam campos de batalha”.

Com Luís Moreira

 
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