Armindo Vilas Boas lança candidatura à liderança do PS/Barcelos

Política

Armindo Vilas Boas apresentou, no sábado, a candidatura à presidência da Comissão Política Concelhia de Barcelos do PS. Num jantar que juntou “mais de 250 pessoas”, o candidato prometeu “um novo caminho” para o PS e para os barcelenses, após o partido ter perdido às eleições autárquicas para uma coligação liderada pelo PSD, ao fim de 12 anos de poder.

O também presidente da Junta da Freguesia de Carapeços recebeu o apoio do antigo presidente da Câmara e atual presidente da Concelhia, Miguel Costa Gomes, e do histórico militante e antigo candidato à autarquia, João Lourenço, entre outros.

Ainda não há data marcada para as eleições na Concelhia de Barcelos, nas quais Armindo Vilas Boas deverá defrontar Diogo Valadas, que também já anunciou a intenção de concorrer.

“Estou aqui convosco disposto a fazer um caminho árduo de trabalho e luta pelo PS e por Barcelos”, afirmou Armindo Vilas Boas, citado em nota de imprensa enviada a O MINHO, reiterando a vontade de retomar “um caminho de reconquista por aquilo que todos queremos”.

Reconhecendo as dificuldades internas e externas, Armindo Vilas Boas assume que são “tempos difíceis em Barcelos porque o PS perdeu a confiança da maioria dos barcelenses”, mas “é nos tempos difíceis que podemos mostrar todo o nosso valor”.

O PS tem de “recuperar o terreno que foi perdido”, “voltar a ter o apoio maioritário dos barcelenses” e “reforçar a organização do nosso PS para garantir novas conquistas no futuro”.

Para isso, considera, é necessário trabalhar “com autenticidade e rigor”, de acordo com o valores e princípios do próprio Partido Socialista, “que devem estar sempre acima dos interesses e das vaidades pessoais ou de grupo”: são “os valores da solidariedade, da igualdade e da justiça” e os “princípios da política como serviço aos outros e às comunidades; os princípios da transparência e da autenticidade; os princípios da democracia e da política”.

E prosseguiu, no seu discurso: “Barcelos precisa de um PS forte e organizado para lutar pelo desenvolvimento e qualidade vida das suas gentes; Barcelos precisa de nós para que tenhamos as Juntas e a Câmara ao serviço de todos e não de uma minoria de privilegiados; Barcelos precisa de um PS que pense e defenda os mais necessitados e mais pobres; Barcelos precisa de nós para garantir que as pessoas e as freguesias são tratadas com total equidade”.

Foto: DR

Para atingir estes objectivos, propõe-se “reorganizar o Partido”, estando “em cada uma das freguesias”, “organizar um grupo de estudos” e “realizar plenários de militantes para que todos possam participar e trazer o seu pensamento e força para que o PS cresça e faça aquilo que os seus militantes querem”. Afirma que é preciso “uma JS forte e dinâmica, agregadora dos jovens barcelenses”, “um núcleo de mulheres dedicadas à causa de Barcelos” e “fornecer apoio e formação aos nossos autarcas, sobretudo aos das freguesias”.

“A nossa missão é tudo fazer para preparar o PS para que em 2025 reconquiste a Câmara Municipal e a maioria das Juntas, para melhor servir Barcelos e os barcelenses”, traçou como objetivo.

Armindo Vilas Boas reconhece que nas autárquicas de 2021 os “resultados eleitorais no Concelho foram muito negativos para o PS”, mas, em vez de “arranjar desculpas” ou “culpar seja quem for”, é necessário “recuperar a confiança que foi perdida”. E tal desiderato será conseguido através da luta “pela unidade interna, baseada em valores e princípios e assente no trabalho e na dedicação em defesa de Barcelos e dos barcelenses”, pois “é muito mais o que nos une do que aquilo que divide”.

Foto: DR

Candidato à Câmara decidido em “eleições diretas”

Como exemplo da nova orientação a ser adoptada pelo PS concelhio, Armindo Vilas Boas adiantou que o candidato do PS à Câmara, em 2025, “não será decidido em comités políticos internos, por mais legítimos que sejam”, mas “será escolhido em eleições diretas, abertas à participação de todos os militantes e simpatizantes e dos barcelenses”.

No apelo ao voto dos militantes para vencer as próximas eleições internas, Armindo Vilas Boas afirmou: “Nós podemos ganhar esta eleição interna para iniciar um novo caminho. Nós vamos ganhar esta eleição interna”.

Apelando, também, ao empenho dos militantes, o candidato disse que a campanha para estas eleições será “uma campanha positiva, sem ataques pessoais seja a quem for”. “O que nos move – acrescentou – não é o negativo, a maledicência e o cinismo. O que nos move e orienta são os valores e princípios do PS e a luta por Barcelos e por um melhor futuro para a nossa terra”.

Antecipando “ataques, que já começaram”, afirma que a sua candidatura não entra “nesse jogo que tanto tem prejudicado o PS”: “Não, não vamos responder a esses ataques. Lembraremos apenas que esse foi um dos mais graves erros do PS Barcelos nos últimos anos”.

Contra os ataques, Armindo Vilas Boas propõe a unidade e a solidariedade de todos, realçando que a “a unidade é mais que a soma das partes, sendo a principal alavanca de todas as grandes vitórias”.

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Intervenções

No jantar de lançamento da candidatura também intervieram Miguel Costa Gomes, ex-presidente da Câmara de Barcelos; João Lourenço, antigo líder do PS Barcelos e ex-candidato à Câmara; Jorge Quinta, histórico militante e fundador do PS; Catarina Duarte, secretária coordenadora da Secção do PS Barcelos; José Carlos Costa, presidente da Junta de Freguesia de Pereira; e Nuno Martins, presidente da Assembleia de Freguesia da Pousa.

Em comum, de acordo com a nota de imprensa da candidatura, reconheceram a dedicação de Armindo Vilas Boas ao PS e as capacidades por ele demonstradas para assumir uma nova liderança da Concelhia. De igual modo reafirmaram que a exigência de unidade, de reorganização e reforço do PS em Barcelos só será possível sob a liderança de Armindo Vilas Boas.

É preciso que o PS volte “aos fundamentos”, disse João Lourenço na sua intervenção, apelando à “determinação, força e empenho” de todos para “o difícil caminho que o PS “tem pela frente”. “

“Não há vitória sem unidade”, disse ainda João Lourenço, retomando as palavras iniciais de Jorge Quinta, que sublinharam a necessidade de “construir a unidade”. E, segundo este histórico militante, Armindo Vilas Boas – “um homem que ganhou na sua terra!” – tem todas as condições para que tal tarefa seja bem sucedida.

 
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