O Ministério Público acusou um casal de tráfico de estupefacientes a partir de um armazém em Barcelos, de onde expediram 4.865 encomendas, intercetadas 958 com estupefaciente, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral Regional do Porto refere que os dois arguidos atuaram sob as ordens de uma outra pessoa, que arrendou um armazém em Barcelos expressamente para a atividade de tráfico de droga.
“Os arguidos assumiram a gestão dos recursos humanos, materiais, produtos e encomendas e, ainda, o corte, preparação, pesagem, embalamento e envio, por meio aéreo, para milhares de clientes do estupefaciente”, acrescenta.
O produto estupefaciente, em modo de encomendas, foi distribuído em território nacional e, sobretudo, no estrangeiro, nomeadamente Espanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica, Eslováquia, Áustria, Dinamarca, Holanda, Hungria, Croácia, Suécia e Roménia.
Apenas entre agosto e inícios de outubro de 2024, os arguidos, a partir de Barcelos, expediram 4.865 encomendas, sendo intercetadas 958 com estupefaciente.
Das encomendas intercetadas e das buscas realizadas resultou a apreensão de cerca 10.907 micro selos contendo LSD, 449 quilos de canábis resina, 1.236 quilos de canábis folha e 1.530 quilos de géneros alimentares, como gomas, bolachas, óleos, contendo preparados de canábis.
O MP descreve na acusação que o líder da atividade criminosa se dedicava, desde 2020, e com a colaboração dos arguidos, à expedição, distribuição e comercialização de estupefaciente, já o tendo feito através de armazéns na Suíça, França e República Checa, entretanto desativados.
Em julho de 2024, deslocalizou a sua atividade criminosa para território nacional, arrendando instalações em Barcelos e contratando os serviços de uma empresa de logística internacional para assegurar a expedição das encomendas.
Os arguidos estão acusados de tráfico de estupefacientes agravado.
Como O MINHO noticiou, a empresa foi desmantelada numa ação da Polícia Judiciária, tendo o casal detido, de 36 e 39 anos, ficado em prisão preventiva.