A Câmara de Arcos de Valdevez exigiu, hoje, a redução do valor das portagens na autoestrada A3, reivindicação que a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho remeteu para o Governo, disse hoje o presidente da câmara.
“A reivindicação foi feita no seio da CIM do Alto Minho que já a remeteu para o ministro-adjunto do primeiro-ministro e para o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, para que seja incluída nas medidas do Programa de Valorização do Interior”, afirmou hoje à Lusa João Manuel Esteves.
O social-democrata justificou a redução do valor das portagens na autoestrada que liga o Porto a Valença com o “aumento da atratividade e competitividade do Alto Minho”.
“Este é um território que deve ser contemplado por esta medida, tendo em consideração que se trata de uma região que está inserida, na sua maioria, em zonas de baixa densidade, com um grande dinamismo empresarial e próxima de um eixo viário de ligação à Galiza”.
A relação transfronteiriça com a Galiza é “fundamental”, sustentou, afirmando que “as trocas comerciais entre o Alto Minho e Espanha são cada mais intensa”.
“A Galiza é hoje o principal cliente português em Espanha e é cada vez mais um fenómeno de integração transfronteiriça na Península Ibérica. O Alto Minho situa-se a menos de 60 minutos da fábrica da PSA de Vigo, a maior da Península Ibérica, podendo Portugal aproveitar o elevado potencial de acolhimento empresarial da nossa região”, referiu.
Para o autarca “esta redução também trará grandes vantagens para o território, tendo em conta que o principal eixo rodoviário português de ligação internacional à Galiza é a autoestrada A3”.
“Considerando que o posicionamento do Alto Minho, enquanto espaço de transição com a Galiza, constitui uma alavanca para a melhoria da atratividade e competitividade da região, poderá usufruir dos efeitos gerados pela sua participação num espaço povoado por mais de três milhões de habitantes”, disse.
João Manuel Esteves sublinhou que nesta região está instalado “um conjunto de infraestruturas (aeroportos e portos) e instituições (universidades, politécnicos, centros I&D dos dois lados da fronteira) a menos de uma hora de distância que podem ser decisivas para o desenvolvimento do Alto Minho”.