Arcos de Valdevez quer ajuda do Governo para promover ecossistema científico no concelho

Já arrancou o Alto Minho Science Fest
Foto: Rui Dias / O MINHO

Arrancou, na manhã desta quinta-feira, a primeira edição do Alto Minho Science Fest, com a presença do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e de Rosalia Vargas, presidente dos Centros de Ciência Viva. O autarca de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, aproveitou a ocasião para falar dos vários projetos ligados à ciência e à tecnologia no concelho e pediu a ajuda ao ministro “para estimular este ecossistema”.

Três anos depois de lançar aquele que continua a ser o único Centro de Ciência Viva no Alto Minho, Arcos de Valdevez lançou-se na organização de uma feira de ciência. “E arriscaram logo com uma iniciativa de três dias”, comentou Rosalia Vargas. Depois de ter recebido mais de 47 mil visitantes, nos primeiros três anos de funcionamento, o Centro de Ciência Viva de Arcos de Valdevez não dá um salto no escuro com esta iniciativa.

Segundo Fernando Alexandre, “a qualidade de um autarca mede-se pela atenção que dá à educação desde o pré-primário até ao ensino superior”. Neste aspeto, o ministro apontou Arcos de Valdevez como um bom exemplo.

Perante uma plateia repleta de alunos das escolas do concelho, o ministro lembrou que os centros de ciência viva resultaram de uma política com 30 anos, implementada por Mariano Gago, “a qual foi reconhecida pelos sucessivos governos como fundamental”.  O ministro acredita que “muitos dos que hoje são cientistas terão tido o primeiro contacto com a ciência nestes centros”.

Foto: Rui Dias / O MINHO

João Manuel Esteves fez um balanço do que tem sido feito no concelho e pediu ajuda para projetos futuros. Aproveitando a presença do governante, nesta quinta-feira em que são lançadas a obras da Escola para o Ensino Artístico de Música, Teatro e Dança, na EB 2,3/S de Arcos de Valdevez, um projeto de dois milhões de euros, financiado pelo PRR e da Residência Académica do Pólo do Instituto Politécnico de VIana do Castelo (IPVC) e é inaugurado o Centro Tecnológico Especializado (o terceiro no concelho) na Epralima- Escola Profissional do Alto Lima, o autarca referiu que quer “ainda mais”.

Arcos de Valdevez quer mais cursos do IPVC

Com o presidente do IPVC na plateia, João Manuel Esteves pediu “mais cursos para o polo de Arcos de Valdevez”. O autarca lembrou o projeto da Branda Científica de São Bento. “O maior polo de estudos climáticos, situado a uma altitude de mil metros”, destacou. A estação de investigação integra o projeto Biopólis e atrairá um investimento que pode chegar aos 4,5 milhões de euros para áreas como a biologia ambiental, genómica, biologia computacional, bioinformática ou a monitorização ambiental”. 

Uma quinta de ciência viva em Monte Redondo

Apesar de estar no seu último mandato e de já se saber que será número dois na lista da AD para as eleições legislativas de 18 de maio, João Manuel Esteves continua a lançar projetos. Esta manhã desafiou o ministro para a transformação do antigo centro de formação, na freguesia de Monte Redondo, numa quinta de ciência viva, “onde se possa meter as mãos na terra”. 

Foto: Rui Dias / O MINHO

Fernando Alexandre, numa primeira análise a este desafio, disse: “Claro que sim, até porque algumas das melhores iniciativas são as que vêm do território”. Relativamente à Branda Científica, envolvendo universidades portuguesas e espanholas, o ministro adiantou que “já há fundos europeus”. Fernando Alexandre vê a atual crise política como “uma interrupção durante dois meses que esperamos que perturbe o menos possível o país”.

32 expositores e um programa para toda a família

O Alto Minho Science Fest decorre até sábado com um extenso programa em que recebe figuras conhecidas da ciências nacional, como Elvira Fortunato ou Sobrinho Simões, mas também arcoenses que estão nas maiores instituições científicas do mundo, como Sara Cerqueira (MIT, Massachusetts, EUA).

“São pessoas que nasceram nos mesmos sítios que vocês”, referiu o presidente da Câmara, dirigindo-se aos jovens. O evento tem 32 expositores e também contempla momentos mais descontraídos como “A minha bicicleta calcula áreas”, por Rogério Martins da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ou a “Da varinha sai ciência” e “A química do amor”, por Filipe Monteiro da Universidade de Aveiro.

 
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