Já está concluída a 2.ª fase da recuperação da derrocada que ocorreu em Sistelo, aldeia conhecida por “pequeno Tibete português”, em Arcos de Valdevez, em junho de 2021, foi hoje anunciado.
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Em comunicado, a autarquia refere que esta 2.ª fase, com o valor de 475.724 euros, e “repôs, com rigor, a urografia, os socalcos (e seus suportes), as infraestruturas de rega e agrícolas – pré-existentes ao deslizamento de terras – garantindo a reconstituição da paisagem natural, declarada pela UNESCO como reserva mundial da biosfera e classificada como monumento nacional – Paisagem Cultural de Sistelo”.
A autarquia assinala que, “numa primeira fase da obra procedeu-se a obras de reposição e drenagem das águas pluviais da bacia hidrográfica, o Município pretende agora repor a ‘paisagem natural’ que foi destruída, quer pela derrocada propriamente dita, quer pela posterior abertura dos caminhos de acessos às frentes de obra para os equipamentos e transporte dos materiais de construção”.
No total, as duas intervenções tiveram um custo total mais de 1,4 milhões de euros.
A intervenção foi cofinanciada pelo FEDER em 1.335.600 euros.
A obra resultou de uma parceria entre o município e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e é considerada de “primordial importância para a recuperação e segurança do local e da população e para a sustentabilidade e valorização ambiental de Sistelo”.
A classificação da aldeia como Monumento Nacional da paisagem cultural da aldeia de Sistelo foi promulgada pelo Presidente da República em dezembro de 2017 e publicada em Diário da República em janeiro de 2018.
Encaixada no fundo de um vale, nos limites do Parque Nacional da Peneda-Gerês e conhecida como o “pequeno Tibete português”, devido aos seus socalcos, a aldeia do Sistelo tem cerca de 270 habitantes e é iminentemente rural.
Os socalcos verdes, junto ao rio Vez, representativos “da relação que o homem desenvolveu com a natureza e a forma como a moldou”, as casas típicas, os moinhos e os espigueiros são “marcas de um passado com centenas de anos”.