A Câmara de Arcos de Valdevez celebrou protocolos com várias entidades do concelho, no valor global de 190 mil euros, para “apoiar a defesa da floresta e para reforçar meios de combate aos incêndios, anunciou hoje aquela autarquia.
De acordo com os números oficiais o concelho de Arcos de Valdevez foi o terceiro do país com mais área ardida, com 7.707 hectares.
Em comunicado, aquele município do distrito de Viana do Castelo adiantou que foram celebrados protocolos com as entidades detentoras de sapadores florestais com o objetivo de prevenir incêndios florestais “através da realização de ações de silvicultura, nomeadamente a criação de faixas de gestão de combustíveis, vigilância das áreas rurais, assim como ações de primeira intervenção, apoio ao combate e às subsequentes operações de rescaldo e vigilância pós-incêndio”.
Os acordos agora estabelecidos pela Câmara de Arcos de Valdevez com várias associações do concelho preveem ainda “a realização de ações de limpeza de estradas e caminhos municipais numa extensão de aproximadamente 200 quilómetros”.
Segundo dados revelados em setembro passado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho os 20 incêndios que fustigaram a região durante dez dias, em agosto, consumiram 25.633 hectares de floresta, “a maior área ardida dos últimos três anos”.
Aquela estrutura, que congrega os dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, adiantou que aqueles fogos florestais consumiram “12% da floresta existente no território do Alto Minho”.
Segundo os dados da CIM do Alto Minho, que foram enviados ao Governo, os incêndios que afetaram a região “consumiram cerca de 4.500 hectares do Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), sobretudo no concelho de Arcos de Valdevez, cerca de 14% da área total” daquele parque, classificado como Reserva Mundial da Biosfera desde 2009.
Os protocolos celebrados pela autarquia de Arcos de Valdevez envolvem a associação florestal Atlântica, a associação florestal do Lima e as assembleias de compartes dos baldios das freguesias de Cabreiro, Gavieira e Soajo, bem como com a associação humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez.
Aquele acordo visa “dotar o corpo de bombeiros de meios financeiros que permitam a prossecução dos seus fins” e a “cooperação nos domínios do aviso, alerta, intervenção, apoio e socorro” a “colaborar com o serviço municipal de proteção civil na implementação e coordenação de programas de prevenção e vigilância de fogos florestais”.
“Com estes investimentos o município pretende dotar as populações dos melhores meios de salvaguarda de pessoas e bens, bem como proporcionar uma assistência eficaz em caso de necessidade”, sustentou a autarquia na nota enviada à imprensa.
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