Arcos de Valdevez registou, em 2019, a maior execução da última década, superando os 25 milhões de euros, de acordo com o Relatório e Contas aprovado pela maioria PSD na câmara local, foi hoje divulgado.
Em comunicado, o município adianta que o documento, rejeitado pelo único elemento do PS no executivo municipal, revela, “a par da maior execução orçamental, um ‘superavit’ corrente na ordem dos 21%, que originou um saldo de poupança corrente de cerca de quatro milhões de euros, dando assim cumprimento à regra de equilíbrio orçamental e ao reforço da capacidade de investimento”.
No documento, aprovado na última sexta-feira, a autarquia destaca ainda a redução da dívida para os 4,1 milhões de euros e o reforço da margem disponível de endividamento a utilizar em mais de cinco milhões de euros”.
“A relação de proximidade com os arcuenses e de parceria com várias entidades concelhias também foi reforçada, com realização de transferências superiores a 4,3 milhões de euros, de apoio às famílias, à educação e ação social e à dinamização da atividade económica, cultural, desportiva e recreativa no concelho. As Grandes Opções do Plano assumiram, em 2019 um investimento global de 12,7 milhões de euros, sendo o maior investimento nas funções sociais, de 8 milhões de euros, seguindo-se as funções económicas, com mais de 2,6 milhões de euros”, especifica o município.
Para o presidente da câmara, João Manuel Esteves, citado na nota enviada à imprensa, aqueles resultados “são fruto de uma gestão autárquica responsável e de proximidade, em articulação com as entidades parceiras e os arcuenses, com o objetivo de construir um concelho com mais oportunidades, mais inovador, mais sustentável e mais atrativo, para quem cá vive e trabalha e para quem cá investe e nos visita”.
Contactada hoje pela agência Lusa, a vereadora do PS, Dora Brandão, apontou “razões formais” para rejeitar o Relatório de Contas de 2019, criticando a “falta de informação” sobre o mesmo, acusando o executivo municipal de “desrespeito democrático”
Na declaração de voto que apresentou e a que a Lusa teve hoje acesso, Dora Brandão explica ter recebido “a versão definitiva do Relatório de Contas no dia 04 de junho, ao final da manhã, início da tarde”, sendo que o documento foi submetido a apreciação e votação, em reunião camarária, no dia seguinte.
Para a vereadora socialista aquele prazo “impossibilitou a análise, ponderação e apreciação crítica por qualquer eleito de um documento responsabilizante e responsabilizador, o que impede um exercício cabal e salutar do mandato que foi conferido”.
“O senhor presidente, assim não entende e pelo terceiro ano seguido continua com o mesmo método levando o documento, sem qualquer explicação, para ser votado. De todas as decisões tomadas ao longo do ano, esta é das mais importantes e que requer, no meu entender, uma informação clara sobre o conteúdo para uma votação consciente e responsável”, refere Dora Brandão.