Arcos de Valdevez: Edifício fechado há 11 anos reabre como unidade de retaguarda

Capacidade para 16 utentes
Foto: Lusa

Um edifício da Misericórdia de Arcos de Valdevez vai reabrir na terça-feira como unidade de retaguarda para receber doentes com alta hospitalar que aguardam vaga na segurança social ou na rede cuidados continuados.

O protocolo foi hoje assinado entre o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), João Porfírio Araújo, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo e, o presidente da Câmara daquele concelho, João Manuel Esteves.

A unidade de retaguarda, situada ao lado do centro de saúde de Arcos de Valdevez, com capacidade para receber 16 utentes, foi instalada num edifício da Misericórdia, encerrado desde dezembro de 2014.

No final da sessão, questionado pelos jornalistas sobre a demora na reutilização do espaço, o provedor da Santa Casa, Francisco Araújo respondeu: “O doutor João Oliveira mereça esse reconhecimento, essa palavra de atenção por ter tido a coragem de abrir a unidade, aproveitando os recursos existentes no concelho, no caso, os da Misericórdia”.

Segundo Francisco Araújo, que durante a cerimónia elogiou o trabalho do ainda conselho de administração da ULSAM, “a unidade de retaguarda é da ULSAM, e a Misericórdia colabora e presta todos os serviços médicos, enfermagem, fisioterapia”, entre outros, necessários aos utentes.

Para João Porfírio Oliveira, a nova estrutura vai permitir aos hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, “poderem continuar a fazer o seu trabalho, operando doentes e continuar a ter vagas para os doentes agudos”.

João Porfírio Araújo adiantou que os custos, por utente, nesta unidade “vai custar o mesmo que custa uma unidade de convalescença tradicional”.

“O que contratualizamos tem um custo de 115 euros, por dia, por doente”, afirmou.

Sobre a inexistência de um serviço de urgência em Arcos de Valdevez, João Porfírio Oliveira disse que a reorganização deste setor da saúde “é algo que já foi bastante estudado”.

“Certamente haverá muito mais grupos de trabalhos que irão estudar a forma mais adequada para as urgências. Neste momento, temos o Serviço de Urgência Básico (SUB) de Ponte de Lima, de Monção e o Serviço Médico Cirúrgico em Viana do Castelo. Essa é a composição. Temos reforçado os cuidados de saúde primários com consultas abertas, com consultas disponíveis para o SNS 24. Acaba por ser uma forma diferente de gerir a própria urgência, retirando doentes menos urgentes da urgência e tratá-los em serviços de proximidade”, explicou.

No discurso que proferiu durante a cerimónia de assinatura de um protocolo entre a ULSAM e a Misericórdia de Arcos de Valdevez, o presidente da Câmara, João Manuel Esteves, manifestou “disponibilidade” para “em parceira com a ULSAM, “aumentar a capacidade” do espaço que começa a funcionar na próxima terça-feira.

“Temos de aumentar os serviços de saúde de proximidade, os meios para diagnósticos complementares para que mais utentes sejam atendidos no concelho e menos se dirijam ao hospital de Santa Luzia, melhorando a sua eficiência”, disse o autarca social-democrata.

João Manuel Esteves anunciou que “dentro de dias” a unidade de retaguarda e o centro de saúde, mesmo ao lado “entram em obras, numa parceria com o Ministério da Saúde”, num investimento, “nesta fase, de cerca de 800 mil euros”.

“Esperamos que as obras comecem este mês. A Câmara já adjudicou a empreitada. É também, uma parceria entre a Câmara, a ULSAM e o Ministério da Saúde, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A empreitada “prevê intervenções no interior e exterior dos edifícios”.

 
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