Arcos de Valdevez duplica em oito anos área de produção de vinho para 100 hectares

Loureiro e vinhão são as castas dominantes

A área de produção de vinho de oito viticultores de Arcos de Valdevez, duplicou para 100 hectares, nos últimos oito anos, sendo que o loureiro (60%) e o vinhão (20%) são as castas dominantes, foi hoje divulgado.

Em declarações à agência Lusa, à margem da apresentação da quinta edição do Festivinhão, festival enoturístico que vai decorrer entre os dias 03 e 05 de junho, o vice-presidente da Associação de Vinhos de Arcos de Valdevez, disse que, “em oito anos, a área de produção dos oito produtores/engarrafadores do concelho duplicou para 100 hectares, sendo que dois já exportam, sobretudo para países da diáspora” e os restantes para o mercado nacional, sobretudo para os setores restauração e hotelaria”.

Segundo Vítor Correia, os produtores/engarrafadores de Arcos de Valdevez “continuam a apostar na criação de mais área produtiva, que se refletirá, nos próximo anos, no aumento da produção de vinho das castas loureiro, a mais representativa no Vale do Lima, vinhão, e outras menos expressivas”.

“Em 2021, um ano relativamente contido em termos de produção, os oito produtores produziram 600 mil garrafas. No entanto, produzimos muitas uvas para a Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. Dentro dos oito milhões de garrafas que a adega produz, cerca de 70% das uvas são de Arcos de Valdevez e 30% de Ponte da Barca”, avançou.

Além do aumento da quantidade, destacou, os vinhos dos produtores locais obtiveram “progressos assinaláveis” na qualidade, “com duas marcas premiadas em concursos nacionais”.

De acordo com Vítor Correia, “a área produtiva do concelho abrange 300 hectares, sendo que a estação vitivinícola Amândio Galhano, propriedade da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, é o principal produtor, com 53 hectares”.

A Associação de Vinho de Arcos de Valdevez tem 16 associados, desde vitivinicultores e produtores agroalimentares artesanais do concelho de Arcos de Valdevez com o objetivo de promover, desenvolver e defender a tradição, a cultura, a gastronomia e os vinhos locais.

O festival enoturístico, que vai decorrer no Jardim dos Centenários, representa um investimento de 80 mil euros, suportado pela Câmara de Arcos de Valdevez.

À Lusa, o presidente da câmara, João Manuel Esteves, indicou que o setor dos vinhos “tem um grande impacto na economia local, como o comprova o aumento da área produtiva e o volume de vendas dos produtores/engarrafadores” do concelho.

“As áreas de desenvolvimento rural são, sem dúvida, uma aposta do município e as correlações que estabelecem com o comércio o turismo. O enoturismo é o prioridade, envolvendo produtores e as quintas, constituindo-se como mais uma oferta turística do concelho”, afirmou o autarca social-democrata.

João Manuel Esteves adiantou que durante a realização do Festivinhão “esgota a capacidade de alojamento” nas unidades hoteleiras e, na restauração, “regista um grande pico de procura”.

Em 2019, de acordo com as estimativas feitas a partir do número de copos vendidos para entrar no recinto, o evento terá recebido cerca de 5.500 pessoas.

O festival enoturístico acontece desde 2016, sendo que a quinta edição, a terceira no Jardim dos Centenários, conta com 24 ‘stands’, ocupados por 13 produtores de vinho, locais e de fora do concelho, produtos locais, e duas tasquinhas.

A animação será garantida por Ana Lains, Carlos Alberto Moniz, a Banda Cáustica e um grupo local.

O programa do festival inclui prova e degustação de vinhos de toda a Região dos Vinhos Verdes, acompanhado por petiscos da gastronomia local e regional e doçaria.

A eleição da Rainha das Vindimas, em representação das nove Juntas e Uniões de Freguesia, é outra das iniciativas do programa.

 
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