Uma funcionária de restauração que presta serviços na Cadeia de Braga foi detida pela Polícia Judiciária, por suspeitas de tráfico de droga, mas face à ausência de indícios suficientes, que a PJ de Braga não conseguiu recolher, saiu já em liberdade com medidas de coação de apresentações periódicas e proibição de contactar os meios prisionais ou os relacionados com o consumo e o tráfico de droga.
A diminuta quantidade de haxixe apreendida pela PJ de Braga, que será suscetível para próprio consumo, não necessariamente para tráfico, terá determinado a sua libertação, ao final da tarde desta sexta-feira, depois do primeiro interrogatório judicial que teve lugar no Palácio da Justiça de Braga.
Ao contrário daquilo que é habitual, quando faz detenções e apresenta os arguidos no dia seguinte ao juiz de instrução criminal, a Polícia Judiciária não emitiu qualquer comunicado de imprensa, mas O MINHO confirmou junto de fontes judiciais ter sido detida dentro da Cadeia de Braga e alvo de busca na sua residência, passando depois pelo Hospital de Braga, para outra revista.
Na primeira revista, realizada por uma inspetora da PJ de Braga, dentro da Cadeia Regional de Braga, somente a quantidade de haxixe diminuta foi apreendida, alegadamente escondida no soutien da suspeita, que estava a ser investigada há vários meses pela PJ de Braga, na sequência de diversas denúncias e de muitas pistas que fizeram chegar à Polícia Judiciária.
A Polícia Judiciária de Braga escolheu o feriado nacional desta quinta-feira para surpreender a suspeita, funcionária de uma empresa prestadora de serviços de restauração, tendo feito uma busca domiciliária, na cidade de Braga, mas poucos indícios mais terão sido recolhidos, inclusivamente nada encontrando na mochila, nem no seu automóvel estacionado à porta da Cadeia.
Na quinta-feira, cerca das sete horas da manhã, a PJ de Braga entrou em força na Cadeia Regional de Braga, revistando a suspeita, quando esta preparava pequenos almoços para os reclusos, ficando-se as diligências pela apreensão de um pequeno envelope com diminuta quantidade de haxixe, que é considerada uma droga leve.
A suspeita, residente em Braga, tinha sido transferida pela empresa de prestação de serviços para a cadeia de Guimarães, aquando dos primeiros rumores, mas entretanto voltou a trabalhar na de Braga, onde desde abril deste ano passou a estar sob os holofotes das autoridades.
As expectativas eram muito elevadas em torno desta investigação da PJ de Braga, que estava com o processo há cerca de meio ano, após denúncias do próprio meio prisional, dando conta que a droga entrava aproveitando os reforços noturnos de comida e em embalagens de sumos, só que afinal não se confirmaram todos os indícios, pelo menos com a amplitude que se constava.
O próprio Ministério Público teve de recuar nas suas sugestões coativas junto do Tribunal de Instrução Criminal de Braga e a suspeita saiu em liberdade, acompanhada da sua advogada, estando proibida de voltar a entrar na Cadeia Regional de Braga, enquanto continuarem as investigações da PJ de Braga, no sentido de tentar recolher agora indícios mais fortes.