O Grupo Casais, de Braga, suspendeu a sua atividade na Alemanha, onde estava presente desde 1994.
Segundo o CEO da construtora, António Carlos Rodrigues, naquele país, que fora “o berço da internacionalização do Grupo Casais”, neste momento, “não há edificação”.
“Vamos suspender a nossa atividade na Alemanha pela primeira vez em 30 anos“, adiantou o empresário, numa intervenção durante a 7.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo jornanl Eco.
O primeiro projeto da Casais na Alemanha foi a requalificação de um quarteirão da cidade de Halle (Saale), tendo, desde então, construído “obras nos mais diversos setores, nomeadamente edifícios públicos, residenciais, comerciais, escritórios, desportivos, industriais, infraestruturas hidráulicas, obras de engenharia, entre outros”, refere o site da empresa.
Três décadas depois, a construtora não tem projetos que justifiquem manter a sua atividade lá e, segundo o CEO, citado pelo Eco, irá focar a sua atenção noutros mercados.
O mercado estrangeiro representa 50% das receitas da Casais.
“Temos de crescer lá fora porque sabemos que o nosso mercado não é elástico“, conclui António Carlos Rodrigues.
A Casais foi criada em 23 de maio de 1958 e é atualmente um dos cinco principais ‘players’ do setor da construção em Portugal. Opera em 17 países: Portugal, Angola, Alemanha, Arábia Saudita, Bélgica, Brasil, Espanha, EUA (Texas), EAU (Dubai e Abu Dhabi), França, Gana, Gibraltar, Holanda, Marrocos, Moçambique, Reino Unido, Qatar.
Obteve várias distinções, como o Prémio Construir de Melhor Construtora em Portugal pela 5.ª vez consecutiva, mas também o 3.º lugar como Best Place to Work.
Fechou o ano de 2023 com um volume de negócios agregado de mais de 712 milhões de euros, sendo os mercados internacionais responsáveis por 342 milhões.