Está escavado o segundo de três túneis na futura linha Rosa do Metro do Porto, numa obra que está a cargo do consórcio que junta a construtora famalicense Alberto Couto Alves (ACA) e a espanhola Ferrovial.
Este segundo túnel tem 740 metros e garante o percurso entre as estações da Galiza e do Hospital Santo António.
O momento em que “o último martelo hidráulico perfurou a última parede que resistia” foi simbolicamente acompanhado pela secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, bem como pelos responsáveis pela obra.
Este é “mais um passo dado rumo à construção da Linha Rosa”, considera a Metro do Porto, deixando um “aplauso” a “todos os trabalhadores envolvidos na escavação”.
A empresa de transportes portuense revelou que os trabalhadores envolvidos festejaram este momento com bastante alegria.
O terceiro e último túnel desta linha deverá ficar concluído ainda este ano, perspectivou Tiago Braga, presidente da Metro do Porto.
Segundo a mesma fonte, a Linha Rosa deverá ficar concluída em toda a sua extensão no final de julho de 2025.
Os custos totais da Linha Rosa ascendem aos 304,7 milhões de euros.
ACA também venceu concurso para construção da Linha Rubi
Note-se que a construtora famalicense, liderada por Alberto Couto Alves, venceu recentemente o concurso para a construção de outra linha (Rubi), no mesmo sistema de transporte metropolitano.
Em outubro de 2023, o conselho de administração da Metro do Porto aprovou adjudicar ao consórcio Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e Contratas y Ventas a construção da linha por 379,5 milhões de euros.
A empreitada decorre simultaneamente com a obra agora em curso, na Linha Rosa.
Segundo a Metro do Porto, a Linha Rubi é, em termos de investimento — valor global de 435 milhões de euros –, o maior projeto no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)/NextGenerationEU, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro.
A nova linha Rubi vai ligar a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, passando pelo Campo Alegre, Arrábida e Devesas, e vai acrescentar 6,3 quilómetros à rede de metro da cidade.
Vão ser construídas oito estações (Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio), dois túneis e uma ponte nova sobre o rio Douro, que se chamará Ferreirinha.
ACA conta com mais de 2.000 colaboradores
Com sede em Famalicão, a Alberto Couto Alves (ACA) é uma das três empresas envolvidas no consórcio e atua nas áreas das infraestruturas (estradas e pontes) e em áreas de construção civil, requalificação urbana, vias de comunicação, edifícios residenciais, hotelaria, reabilitação, geotecnia, obras fluviais, paisagismo, infraestruturas desportivas, sistemas de água e gestão de resíduos.
Fundada em 1982 pelo empresário famalicense com o mesmo nome, conta com mais de 2.000 colaboradores e prevê um volume de negócios de 350 milhões de euros. Há 41 anos que Alberto Couto Alves é o administrador principal da empresa.
Desde a instalação de uma central de britagem em Fafe, no ano de 1990, a ACAtornou-se uma multinacional, atuando em Angola, Marrocos, Brasil, França, Argélia, Polónia, Camarões, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente (2021), na Bolívia.
A empresa “assume-se hoje como um dos mais relevantes players portugueses no setor da construção, face à diversidade e excelência do seu vasto portfólio de obras”, pode ler-se no seu portal.