Foi a 03 de dezembro de 1944 que nasceu, em Fiscal, Amares, o autor e intérprete António Rodrigues Ribeiro, eternizado como António Variações, cujo legado permanece em atualização até aos dias de hoje.
Para assinalar a efeméride, a Comissão Promotora de Homenagem a António Variações divulgou um cartaz promocional de um concerto realizado em Braga pelo músico, em 04 de novembro de 1983, quando já granjeava de prestigiada fama.
O concerto, explica a comissão, aconteceu no Estúdio ACIL, no âmbito do IV Festival Amador da Canção do Minho, organizado pela Associação Cultural Organizadora de Festivais Amadores e os bilhetes esgotaram oito dias antes do concerto.
Naquele dia, prossegue a comissão, António Variações percorreu a Avenida da Liberdade entre o Hotel Turismo e o Posto de Turismo de Braga para comparecer num sessão de autógrafos. Na subida foi ovacionado e interpelado por centenas de pessoas e demorou quase uma hora para percorrer a distância entre a unidade hoteleira e o local escolhido para dar autógrafos.
“Foi um momento de liberdade, de reconhecimento da diferença e de alegria”, recorda o grupo.
Recentemente, conforme noticiou O MINHO, foi partilhada uma fotografia rara de António Variações com a mãe, Deolinda de Jesus, retratada em julho de 1972, na freguesia de Fiscal, quando o músico ainda não era conhecido do grande público.
A imagem (cuja origem não foi identificada pelo utilizador que a partilhou) apresenta-se como um importante documento da vida de António Variações.
um jovem António Variações (aqui ainda António Ribeiro) com a mãe, Deolinda de Jesus, na sua aldeia-natal de Fiscal, em Amares, Braga, julho de 1972. pic.twitter.com/rNOGmEUiBB
— misael (@miiisaaaell) October 20, 2022
Nesta fotografia também é possível ver a cumplicidade de António Variações com a sua mãe, cuja importância o cantor sempre relevou, escrevendo-lhe, inclusive, a canção “Deolinda de Jesus”.
António Joaquim Rodrigues Ribeiro, nome de batismo, nasceu em Fiscal, Amares, em 03 de dezembro de 1944 e faleceu em Lisboa em 13 de junho de 1984.
Deixou dois álbuns – “Anjo da Guarda” (1983) e “Dar & Receber” (1984) – que marcaram indelevelmente a história da música pop em Portugal.
A sua música foi alvo de recriação por diversos artistas nacionais, realçando-se o projeto “Humanos” que redescobriu a obra de Variações, através de um disco, lançado em dezembro de 2004, com canções da sua autoria que nunca tinham sido editadas.
A sua vida inspirou o filme “Variações”, realizado por João Maia, e que foi parcialmente gravado na freguesia de Fiscal, em Amares.
“Variações” foi o filme português mais visto em 2019, com quase 280 mil espectadores.