Os presidentes dos dois maiores clubes do Minho, António Salvador, do SC Braga, e Júlio Mendes, do Vitória SC, integram a lista de 17 testemunhas arroladas pelo Benfica no caso ‘e-toupeira’, a qual conta ainda com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, e o ex-presidente do Sporting José Sousa Cintra.
A SAD do Benfica está acusada de 30 crimes no processo ‘e-toupeira’ e o seu assessor jurídico Paulo Gonçalves de 79 crimes. O MP acusou a SAD do Benfica de um crime de corrupção ativa, de um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 29 crimes de falsidade informática.
A SAD do Benfica requereu hoje a abertura de instrução do processo, segundo documento a que a Lusa teve acesso, alegando que a acusação do Ministério Público (MP) é infundada e que terá de cair nesta fase.
O requerimento de abertura de instrução (RAI) – fase facultativa em que um juiz decide se o processo segue para julgamento – foi entregue hoje no Tribunal da Comarca de Lisboa e assenta em três pontos essenciais, nomeadamente o desconhecimento dos factos imputados ao seu antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves e restantes dois arguidos, ambos funcionários judiciais.
A defesa alega “total desconhecimento da Benfica SAD dos factos imputados e inexistência de qualquer intervenção ou atuação ou omissão relevantes da Benfica SAD nas matérias tratadas”.
A sociedade que gere o futebol profissional ‘encarnado’ aponta ainda “a total ausência de elementos probatórios que liguem a Benfica SAD às atuações descritas na acusação” e a “total omissão de narração de factos concretos na acusação que permitam imputar a prática de qualquer crime à Benfica SAD, havendo ainda contradições na própria acusação”.