O presidente do SC Braga, António Salvador, lamentou nesta terça-feira que não tenha havido um diálogo entre as diversas entidades que tutelam o futebol português, de forma a evitar a indisponibilidade anunciada pelos árbitros.
A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) anunciou na segunda-feira a indisponibilidade dos juízes do principal escalão dirigirem jogos da Taça da Liga nos meses de novembro e dezembro, devido à contestação ao setor.
“Isso não é bom para o futebol, não é bom para a categoria nem para nada. Devia ter havido um diálogo para que não se chegasse a este ponto“, frisou António Salvador à margem da apresentação do cartão de saúde do clube.
Contudo, o líder ‘arsenalista’ acredita que o problema será ultrapassado.
“É uma situação que a Federação, a Liga e a APAF terão que resolver e, a seu tempo, acho que ficará resolvida“, disse.
Segundo o sítio oficial da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), estão previstos nove jogos da terceira fase da Taça da Liga para 28 e 29 de novembro e cinco para 21 de dezembro.
Sobre o vídeoárbitro, considerou que a equipa de Abel Ferreira já foi prejudicada e que é uma ferramenta que precisa ser afinada, mas também que é preciso compreensão para que possa funcionar melhor.
“O SC Braga já sofreu na pele, por acaso com a mesma pessoa que estava no vídeoárbitro. Há situações a corrigir e a analisar, [mas] é uma ferramenta nova que esta época começou a estar ao serviço do futebol e é preciso afiná-la. O ruído que se faz à volta dela não ajuda nada, é preciso haver alguma compreensão para que, a cada dia e fim de semana que passam, possa funcionar melhor e servir melhor os interesses do desporto“, disse.
O SC Braga assinou nesta terça-feira um acordo com a União das Misericórdias Portuguesas e com a corretora de seguros SABSEG, tendo apresentado um cartão de saúde do clube que concede vantagens aos seus sócios no acesso a diversos serviços médicos.
“Somos muito mais que um clube de futebol e temos que saber interpretar essa dimensão social, sendo também, cada vez mais, um prestador de serviços”, afirmou António Salvador.