António Costa inaugura nova ligação à A3 em Paredes de Coura

Na próxima terça-feira

O primeiro-ministro, António Costa, vai estar presente, terça-feira, na cerimónia de inauguração da nova ligação do Parque Empresarial de Formariz, em Paredes de Coura, à A3.

Ao que O MINHO apurou, a cerimónia está marcada para as 11:30 na Doureca, empresa de produtos plásticos que ‘renasceu das cinzas’ após um violento incêndio que destruiu metade da fabrica.

Apesar de cerimónia de inauguração apenas se realizar na próxima terça-feira, aquela variante à Estrada Nacional (EN) 303, com 8,8 quilómetros, que liga Paredes de Coura à Autoestrada 3 (A3) já abriu há um mês, dois anos depois do previsto, num investimento de 10,8 milhões de euros.

Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) adiantou que aquela ligação “abriu à circulação rodoviária às 17:00”, assegurando “um acesso direto, mais seguro e rápido, entre o parque empresarial de Formariz e o nó de Sapardos da A3”.

Reclamada há décadas por autarcas, empresas e população de Paredes de Coura, a empreitada foi consignada em junho 2020, com um prazo de execução de 540 dias e um custo de 8.989.959,80 euros, e tinha conclusão inicialmente prevista para dezembro desse ano.

A suspensão temporária da empreitada para a realização de trabalhos arqueológicos, por ter sido encontrada uma calçada romana, foi anunciada em janeiro de 2021.

A preservação do achado arqueológico que integra os Caminhos de Santiago obrigou à alteração do projeto inicial da estrada.

“Os estudos de caracterização arqueológica determinaram a sua preservação, designadamente no sítio arqueológico identificado como Via Romana XIX, coincidente com o Caminho de Santiago. Esta situação obrigou ao ajuste dos traçados da nova variante e do restabelecimento inicialmente previsto para o Caminho, materializado com uma passagem superior para peões”, especifica a IP.

Em resposta a um pedido de esclarecimento enviado pela Lusa, a IP adiantou que o custo final de 10,8 milhões de euros representa “um acréscimo em relação ao valor inicial” decorrente da “necessidade de realizar uma alteração ao projeto inicial e realizar uma solução que garantisse a preservação dos locais com interesse arqueológico”.

“Deste facto resultou a prorrogação do prazo de execução da obra e um acréscimo ao valor inicial da empreitada contratada. Já na fase de conclusão da empreitada, a realização dos trabalhos finais, designadamente ao nível da pavimentação e marcação horizontal, a obra foi afetada por condições climatéricas particularmente chuvosas que afetaram a região, obrigando ao prolongamento da sua execução”, acrescenta a IP.

A nova variante “compreende uma plataforma rodoviária de duas vias, integrando via de lentos em 60% do traçado”, sendo que o projeto incluiu a “construção de quatro rotundas (Sapardos, São Bento da Porta Aberta, Linhares e Formariz) que garantem a interligação com a rede viária local”.

A empreitada contempla ainda duas obras de arte especiais, três obras de arte correntes e quatro passagens agrícolas”.

O projeto implicou ainda “a construção de um viaduto, com 75 metros de extensão, para restabelecimento da EN 303 e uma ponte sobre o ribeiro das Corredouras, com 76 metros de extensão”, entre outras intervenções.

Segundo a IP, esta nova ligação “garante a redução do tempo de percurso do parque empresarial até à rede rodoviária estruturante de alta capacidade, constituindo não só uma inegável melhoria das condições de segurança e mobilidade, mas também na promoção do crescimento económico e a criação de emprego na região”.

O “investimento foi desenvolvido no âmbito do Programa de Valorização das Áreas Empresariais (PVAE), que tem como objetivo reforçar a competitividade das empresas, através da realização de projetos de melhoria das ligações rodoviárias das áreas industriais e empresariais à rede viária estruturante, potenciando o aumento capacidade exportadora da economia e a criação de Emprego nas regiões onde se inserem”.

Com a abertura ao trânsito da nova ligação do Parque Empresarial de Formariz à A3, “está concretizada a primeira fase do PVAE, cuja continuidade é assegurada ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a concretização de 12 novos projetos de melhoria das acessibilidades rodoviárias às Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE)”.

*Com Lusa

 
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