O primeiro-ministro, António Costa, convidou nesta sexta-feira o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, a deslocar-se à Hannover Messe’22, que é a maior feira industrial do mundo, a decorrer entre 30 de maio e 01 de junho, justificando o seu convite por Braga ser o distrito com mais empresas representadas, duas dezenas, a nível nacional.
António Costa falava em Braga, no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, durante a tarde, a empresários nortenhos que estarão na feira alemã, tendo enaltecido que aquando da deslocação a Portugal, precisamente a Braga, da então chanceler da República Federal da Alemanha, Angela Merkel, a 30 de maio de 2018, “no regresso da viagem, ao Porto, ficou vivamente impressionada como uma grande empresa, neste caso a Bosch, em Braga, criou um ecossistema, juntou um grupo de fornecedores, ajudou, deu escala a uma série de pequenas e grandes empresas que trabalhando para a Bosch, até se globalizaram”.
A propósito, António Costa disse que “não é por passarmos a ser conhecidos pela nossa ótima indústria, que o Cristiano Ronaldo perderá valor, que a qualidade das nossas praias se desvaloriza, ou o sabor da nossa gastronomia perde sabor ou os portugueses deixam de ser simpáticos e acolhedores, porque esse Portugal já é muito conhecido lá fora, essas são as caraterísticas que já temos, mas dar a conhecer que nós somos muito mais do que isso”.
Segundo o primeiro-ministro, “em poucas décadas, as exportações deixaram de ser 20% para passar os 40%, quando esta década terão de suplantar os 50%”, chamando à atenção que “o principal setor exportador é o metalomecânico”, o que, disse o chefe do Governo, nem sempre é citado, mas deve ser destacado, como sucede com outros setores.
Ainda sobre o crescimento das empresas portuguesas, António Costa recordou que “vamos ter até 2030 entre o PRR e o PT 2030, onze mil milhões de euros para financiar os projetos empresariais, o que é uma enorme oportunidade para as vossas empresas e para as empresas vossas clientes também, pelo que deverão ser os principais divulgadores dos 650 milhões de euros do PRR só para financiarem a indústria 4.0, que não financiarão o vosso trabalho, mas financiarão outras empresas para adquirirem os vossos produtos e os vossos serviços, porque só para compras existem no PRR, há onze mil milhões de euros destinados para compras a empresas, não para financiamentos, para compras a empresas”.