Hoje é dia do Parque Nacional da Peneda-Gerês, e celebra-se de forma oficial os 50 anos da fundação do único parque nacional em território português. A efeméride não passou despercebida ao treinador (e agora também piloto de rali) André Villas Boas, que fez questão de deixar uma declaração apaixonada às serras e vales do interior minhoto.
“Meio século do Parque Nacional Peneda-Gerês e no meu caso 43 anos de relação e proximidade com um lugar singular”, começa por assinalar o antigo treinador do FC Porto, destacando a “celebração e homenagem” a uma terra que aprendeu “a conhecer através” do pai “e que com o mesmo fulgor” dá “a conhecer” aos “filhos e amigos”.
“Nela traçamos trilhos e montamos mariolas, beijamos as suas águas e despimos seus segredos. De beleza indescritível, de olhar fulminante, natureza pura, fria e granítica, jamais cessa de surpreender”, escreve ainda o técnico que abandonou recentemente o Marselha.
“Um pedaço do mundo pelo qual me apaixonei e onde me encontro. Parabéns PNPG! Que seja sempre respeitada a tua importância”, finaliza a publicação.
O PNPG foi criado em 1971 e é a única área protegida no país com a classificação de parque nacional. Localiza -se no noroeste de Portugal, abrangendo o território de cinco municípios: Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo e os concelhos de Terras de Bouro e Montalegre, no distrito de Braga.
Com uma área de mais de 69.000 hectares, encerra “uma diversidade biológica destacada, uma riqueza específica elevada e um número significativo de espécies endémicas”.
O PNPG “destaca-se ainda pela extensão e pela diversidade extraordinária de habitats naturais”, evidenciando-se “as matas climácicas de carvalhos, associadas ao azevinho, ao medronheiro, ao teixo e ao sobreiro”.
Constitui, juntamente com o Parque Natural da Baixa Limia/Serra do Xurés, na Galiza, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e, em conjunto com esse parque natural espanhol, integra, desde 2009, a Reserva Mundial da Biosfera.