André Ventura, presidente do Chega, reagiu ao caso do homicídio de duas mulheres, na manhã desta terça-feira, no Centro Ismaelita, em Lisboa, atribuindo culpas ao Governo de António Costa.
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“A política de portas abertas sem qualquer controlo deu nisto. O sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão, mas está nas mãos do governo de António Costa”, escreveu o deputado no Twitter.
A política de portas abertas sem qualquer controlo deu nisto. O sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão, mas está nas mãos do governo de António Costa.
— André Ventura (@AndreCVentura) March 28, 2023
Como O MINHO noticiou, duas mulheres morreram após terem sido atacadas por um homem de nacionalidade afegã, com uma “faca de grandes dimensões”, no Centro Ismaili, em Lisboa, o qual provocou, ainda, “diversos feridos”.
Um agente da PSP acabou por atingir o suspeito a tiro numa perna.
Fonte oficial da PSP disse à Lusa que o suspeito foi detido e foi transportado para o Hospital de São José, em Lisboa.
Suspeito tem três filhos menores
Entretanto, o ministrado da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que o suspeito “tem três filhos menores”, é refugiado do Afeganistão e chegou a Portugal há cerca de um ano.
Segundo adiantou o governante, a sua mulher morreu num campo de refugiados.
“Ato isolado”
O Presidente da República apresentou hoje “sinceros pêsames” ao representante diplomático do príncipe Aga Khan pelo ataque no Centro Ismaili em Lisboa, referindo que “as primeiras indicações apontam para um ato isolado”.
De acordo com uma nota divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, sinceros pêsames pelo ato criminoso”, pedindo-lhe “que os transmitisse também ao príncipe Aga Khan e às famílias das vítimas”.
“O Presidente da República, que tem acompanhado permanentemente a situação, em contacto com o Governo, sublinha, por um lado, o facto de estarem a decorrer as investigações destinadas a apurar o sucedido, e, por outro, que, tal como declarado pelo primeiro-ministro, as primeiras indicações apontam para um ato isolado”, acrescenta-se na mesma nota.
Comunidade desconhece motivações
A comunidade muçulmana ismaili desconhece as motivações do homem que hoje de manhã entrou nas suas instalações em Lisboa.
As vítimas são duas mulheres, segundo fonte policial, e pelo menos uma era funcionária do centro.
O ataque ocorreu cerca das 11:30 quando decorriam aulas e outras atividades no Centro Ismaili, precisou o presidente do Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili, Rahim Firozali.
A polícia e o INEM foram chamados de imediato ao local e o atacante acabou por ser retirado do interior do centro, estando nesta altura a decorrer investigações por parte da Polícia Judiciária.
“A comunidade muçulmana ismaili está já a prestar todo o apoio aos familiares das vítimas, a quem apresenta as mais profundas condolências”, acrescentou o responsável, em comunicado enviado à agência Lusa.
O agressor foi transportado ao Hospital de São José (Lisboa), onde está a ser tratado aos ferimentos provocados pela intervenção da PSP.