O casal Pereira de Castro, de Lisboa, doou à Câmara de Monção uma âncora datada do tempo dos “Descobrimentos”, que foi achada no rio Minho em 1958, foi hoje anunciado.
João Luis Cunha de Paços Pereira de Castro e Rosa Maria Pinho Roma Pereira de Castro ofereceram a peça de grande valor patrimonial àquele município por a âncora ter sido descoberta junto à foz da Gadanha, na freguesia de Lapela, naquele concelho.
O auto de doação, hoje realizado no edifício do Loreto, contou com participação do presidente da Câmara, António Barbosa, e com José António Barreto Nunes, juiz conselheiro do STJ, jubilado, em representação do casal.
Desde que foi achada, na década de 50 do século passado, tem sido guardada e devidamente preservada no jardim da residência do casal, em Lisboa. Agora, já se encontra à guarda do município.
Encastrada em pedra calcária, a âncora possui uma altura de 2,40 metros e largura de 1,36 metros, entre as duas pontas. De acordo com especialistas em arqueologia subaquática, trata-se de um achado excecional com origem no século XVI e XVII.
“No âmbito do auto de doação, a Câmara Municipal de Monção responsabiliza-se pela conservação deste inédito património histórico, comprometendo-se a destinar a peça apenas para fins públicos, identificando, em caso de exposição, o nome dos doadores”, salienta a autarquia.