Ana Bacalhau atua no dia 14 de dezembro, às 21:30, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Guimarães, num espetáculo de angariação de fundos para a reabilitação da Capela de Nossa Senhora da Conceição.
“Queria convidar-vos para virem ouvir-me, por todos os motivos e por este que é, porventura, o mais importante: é um concerto solidário para angariação de fundos para a recuperação, as obras, da Capela de Nossa Senhora da Conceição”, desafia Ana Bacalhau, citada em comunicado.
E acrescenta: “É importante que lá estejam, para fazermos música juntos, porque o público também é uma peça importantíssima, é um instrumento importantíssimo para um músico. Vamos fazer música juntos e, ao mesmo tempo, ajudar a reabilitação da Capela de Nossa Senhora da Conceição”.
Os bilhetes para o concerto solidário com Ana Bacalhau estão à venda na Bilheteira online (aqui) nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor, Plataforma das Artes e da Criatividade, Casa da Memória, Loja Oficina (Rua da Rainha) e Multiusos de Guimarães.
Em 2022, Ana Bacalhau editou o seu último single, “Orelhas Moucas”, produzido por João Só. Após dez anos a dar voz às canções da Deolinda, Ana Bacalhau estreou-se a solo em 2017 com o trabalho “Nome Próprio”, revelando em 2021 o álbum sucessor “Além da Curta Imaginação” de forma a, segundo a artista, “criar novos mundos, que possam materializar-se neste”.
Restauro custará ainda 200 mil euros
A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Guimarães, tem empreendido diversas iniciativas para viabilizar o projeto de conservação e restauro da Capela de Nossa Senhora da Conceição, no âmbito das quais será organizado o concerto solidário com a participação de Ana Bacalhau.
A Capela de Nossa Senhora da Conceição é um património de Interesse Público que remonta ao século XVI.
A romaria de Nossa Senhora da Conceição (08 de dezembro) e as Novenas das seculares Festas Nicolinas são expressões culturais e religiosas “intimamente ligadas” à Capela de Nossa Senhora da Conceição que, de acordo com um pergaminho descoberto por Abade de Tagilde, estava construída, pelo menos, desde os inícios do século XVI.
“A dimensão e o custo da preservação da Capela obriga a um esforço permanente na angariação de meios para viabilizar todas as fases da reabilitação”, salienta o padre Leonel Cunha, pároco de Nossa Senhora da Conceição, recordando que “a preservação e valorização do património tem sido possível com o apoio dos paroquianos, cidadãos em geral e diversas entidades públicas e privadas”.
Inicialmente foi promovida uma intervenção estrutural que contemplou a conservação e restauro dos telhados, paredes e soalhos, da torre sineira, da sacristia e do anexo com ligação à Capela, tendo iniciado posteriormente o restauro dos painéis de azulejos e dos altares (mor e laterais).
A “avultada” fase inicial da obra contou com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, dos paroquianos e vimaranenses (particulares e entidades), dos Nicolinos e da própria Fábrica da Igreja da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.
Para concluir o processo de recuperação da Capela de Nossa Senhora da Conceição torna-se ainda necessário conservar e restaurar a tribuna, o órgão ibérico do século XVII e a talha dourada, entre outras intervenções de menor escala, estimando-se que ascenda a 200 mil euros o montante dos trabalhos ainda a realizar.
“A Capela de Nossa Senhora da Conceição estava num avançado estado de degradação, correndo-se o sério risco da sua recuperação ser inviável e de se perder um importante e valioso património”, explica o padre Leonel Cunha, pároco de Nossa Senhora da Conceição, recordando que, “em boa hora, o meu antecessor na paróquia iniciou o projeto de conservação e restauro que está a ser desenvolvido de forma faseada”.