É já este sábado a nova campanha solidária para ajudar o pequeno Gonçalo Alves, criança de Delães, Famalicão, que não anda nem fala face a uma condição patológica grave. A organização é de funcionárias de uma empresa de Guimarães, a Leoni Portugal, que se juntaram para organizar uma caminhada solidária e para recolher bens.
O ponto de encontro é a partir das 09:30, em frente à Casa do Povo de Briteiros, em Guimarães. É pedido que se traga um lanche para um piquenique no final da caminhada.
Como ajudar?
Pode também contribuir monetariamente para as despesas da família através do NIB 00330000454058097’0805 / IBAN PT50003300004540580970805 ou pelo MB WAY 918909044.
A mãe, Bárbara Lopes, residente em Delães, começou recentemente a vender porta-chaves para ajudar na compra de uma cama adaptada para o menino de sete anos, depois de várias outras iniciativas que têm ajudado a pagar tratamentos extra à criança, que vão para além dos comparticipados pelo Estado.
Para ajudar pode trazer fraldas (tamanho M), roupas confortáveis, toalhas ou papas de água.
Para ajudar pode trazer fraldas (tamanho M), roupas confortáveis, toalhas ou papas de água.
Bárbara Lopes, mãe do Gonçalo
A espera pelo financiamento deste tipo de material pela Segurança Social pode ser muito longa e, até, nunca chegar.
Bárbara não trabalha atualmente, pois é cuidadora a tempo inteiro do pequeno Gonçalo.
Apenas o pai consegue sustentar financeiramente a família.
Sem diagnóstico
O Gonçalo Alves é um menino de sete anos, de Famalicão, com um atraso no desenvolvimento psicomotor que não lhe permite andar nem falar. Os médicos ainda não conseguiram diagnosticar a síndrome, mesmo depois de realizados “todos os exames possíveis”, refere fonte da família.
“Só 10% têm diagnóstico e 90% infelizmente não conseguem chegar a um diagnóstico conclusivo”, refere Bárbara.
Apesar de inicialmente terem recusado ajuda pública, os pais acabam por, “neste momento”, pedir “ajuda” para fazer face aos “muitos tratamentos para que possa progredir um pouco todos os meses”.
De acordo com a mãe, Bárbara Lopes, residente em Delães, o Gonçalo precisa da ajuda de todos para combater estes sintomas raros que afetam uma a cada 100 mil crianças no mundo.
“O Gonçalo realiza inúmeras terapias, entre elas, fisioterapia, terapia da fala e equitação o que não é o suficiente para ele. O necessário para o Gonçalo seria realizar mais de 45 minutos diários de tratamentos”, explica a mãe.
Com recursos financeiros reduzidos, os pais querem “proporcionar uma vida melhor” ao pequeno Gonçalo, e para isso deixam algumas sugestões para que possam ser ajudados.
Bárbara Lopes explicou a O MINHO que podem ser feitas doações através de quatro formas: entrega de sucata, garrafas de plástico, tampinhas de plástico ou transferência bancária.
“Temos um amigo sucateiro que vai buscar a sucata a casa das pessoas e depois o dinheiro dessa sucata é doado para aulas de equitação do Gonçalo”, explicou.
“Também as garrafas de plástico e as tampinhas podem ser entregues a nós que depois vão ser tratadas e o dinheiro arrecadado servirá para os tratamentos e para outros custos com o menino”, expôs.
A mãe deixa ainda o apelo para a doação de fatos de treino, no tamanho M, uma vez que é essa indumentária que o Gonçalo utiliza praticamente todos os dias.
“Ele só usa mesmo fato de treino porque é preso dos intestinos e as outras roupas apertam e magoam. Os próprios fisioterapeutas aconselharam a utilização desta roupa”, assegura a progenitora.