O livro “Danos Patrimoniais”, de Amadeu Baptista, venceu a primeira edição do Grande Prémio de Poesia Gil Vicente, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Escritores (APE), que o atribui com patrocínio da Câmara Municipal de Guimarães.
“O júri do Grande Prémio de Poesia Gil Vicente 2023/2024 atribui essa distinção à monumental recoleção de Amadeu Baptista em ‘Danos Patrimoniais’. Essa assombrosa ‘Antologia Pessoal 1982-2022’ constitui-se em testemunho de invulgar fidelidade à Poesia como presença ao mundo e apelo à vida de relação, busca de conhecimento e anseio de ressonância; e cumpre-se na autenticidade singular da vocação lírica, afeta ao diálogo intertextual de afinidades eletivas com o legado de outros Poetas”, lê-se na justificação do júri, divulgada pela APE.
O júri foi constituído por Isabel Cristina Rodrigues, José Carlos Seabra Pereira e José Manuel de Vasconcelos, e o galardão tem um valor monetário de 12.500 euros.
O Grande Prémio de Poesia Gil Vicente destina-se a distinguir “obras completas de poesia ou antologias poéticas de autor português”, pode ler-se no mesmo comunicado, que acrescenta que esta primeira edição abrangeu publicações de 2023 e 2024.
Amadeu Baptista nasceu no Porto em 1953 e estreou-se em livro com “As Passagens Secretas”, de 1982, tendo sido desde então já várias vezes premiado.
Sobre “Danos Patrimoniais”, escreveu o seguinte, disponível no ‘site’ da editora Afrontamento, que o publicou em 2023: “A culminar 40 anos de atividade literária, a presente Antologia Pessoal reúne um conjunto de poemas escolhidos entre todos os livros que publiquei até 2022, praticamente todos eles esgotados, bem como alguns dispersos que foram dados à estampa em jornais, revista, livros coletivos e antologias. O critério de seleção, processualmente subjetivo, como é timbre de todas as Antologias, obedeceu, segundo a sequência cronológica em que os poemas foram editados, a uma contiguidade afetiva que presumo possa, ainda assim, oferecer uma visão abrangente do que escrevo”.
