Alunos e pais protestam contra falta de funcionários em escola de Braga

Na Escola Secundária D. Maria II.

Um grupo de pais e alunos protestaram hoje na Escola Secundária D. Maria II, em Braga, contra a falta de funcionários, sendo que estão ao serviço 14 assistentes operacionais para mais de 1500 alunos.

Em declarações aos jornalistas, o diretor da Escola, João Dantas, explicou que está mesmo em causa a “higiene e a segurança” dos alunos, sendo que há corredores nos quais “não há um único funcionário”.

À Lusa, a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Braga, Lídia Dias, explicou que a contratação de assistentes operacionais nas escolas secundárias “depende do ministério da Educação e não da autarquia e que a situação no D. Maria II não é a única”.

“Chegamos a uma situação extremamente preocupante porque começámos a ter uma situação sem qualidade de higiene, há recreios por limpar, salas e quartos de banho que são limpos dia sim, dia não”, referiu João Dantas.

O responsável pelo D. Maria II alertou mesmo para as fracas condições de segurança no complexo: “Há falta de segurança. Tenho corredores sem nenhum funcionário”, salientou.

Do lado dos encarregados de educação, a preocupação é igualmente com a segurança dos filhos: “Se um aluno se sente mal numa aula, quem o acompanha? O professor sai? Isto põe em causa a segurança e higiene dos nossos filhos”, afirmou a presidente da Associação de Pais, Paula Ganho.

A vereadora com a pasta da Educação referiu ainda que “há uma grande taxa de absentismo entre os funcionários, o que não ajuda e é verdade que há falta de pessoal, é um problema recorrente”.

Segundo os pais, “no mínimo e pela lei” a escola devia estar a funcionar com 23 assistentes operacionais, “e mesmo assim seriam poucos para os cerca de 1600 alunos que frequentam esta escola”.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), pelo voz do coordenador da zona Norte, Orlando Gonçalves, explicou que a escola “tem autorização dada pelo ministério para um concurso público para 10 funcionários a meio-termo.

“É insuficiente”, declarou.

 
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