Durante o mês de julho, a freguesia do Extremo, em Arcos de Valdevez, voltará a ser alvo de investigação arqueológica levada a cabo por uma equipa do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) e da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (UAUM).
Em comunicado, a autarquia refere que esta investigação é financiada pelo Município de Arcos de Valdevez e com o apoio da Junta da Freguesia de Portela e Extremo.
“Este ano a investigação incide sobre a paisagem agrária e a sua evolução histórica”, refere o comunicado.
Desde 2018, têm sido realizadas uma série de intervenções na freguesia do Extremo com o objetivo de identificar a materialidade preservada da Guerra da Restauração (1640-1668) e compreender a paisagem defensiva que foi construída no século XVIII, incidindo sobretudo no Forte da Pereira e no Forte de Bragandelo, que se encontra em processo de classificação para monumento nacional, dada a sua importância.
Os objetivos desta investigação são três: conceber uma metodologia de investigação extensiva para compreender estes tipos de paisagem e a forma como atuam entre si, com um interesse especial na paisagem agrária; perceber como se formaram estes socalcos e datá-los, bem como analisar os materiais arqueológicos e sementes antigas que possam conter, de forma a identificar culturas recentes e antigas.
“Esta freguesia de fronteira será importante no avanço da investigação desenvolvida no Noroeste Ibérico a partir da arqueologia rural e da arqueologia comunitária, destacando o concelho de Arcos de Valdevez no panorama nacional”, salienta a autarquia.
A UMinho explica, em comunicado, que as escavações deste ano pretendem “perceber como e quando se formaram os socalcos, analisar materiais arqueológicos e sementes antigas e verificar com os moradores as práticas agrícolas de outrora e os topónimos (caminhos, moinhos, canalizações…)”.
Além de Arcos de Valdevez, os alunos da UMinho estão a realizar escavações em Braga, Terras de Bouro, Vila Verde e Albergaria-a-Velha.