O projeto de cooperação transfronteiriça entre o Alto Minho e a Galiza, “ATEMPO – Assistência Transfronteiriça de Emergência”, foi hoje apresentado, no Porto.
De acordo com a CIM Alto Minho, a principal inovação deste projeto prende-se com a utilização de ferramentas da Inteligência Artificial e do recurso a inovações tecnológicas, que permitirão antecipar o comportamento de incêndios e/ou inundações, principais desastres causados pelas alterações climáticas, mas também acidentes derivados de riscos tecnológicos.
Para além da CIM Alto Minho, integram esta parceria transfronteiriça diversas entidades como a Axencia Gallega de Emerxencias (AXEGA), que é o chefe de fila do projeto, a Universidade da Coruña, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE), a GNR, o INEM e a Dirección General de Patrimonio Natural y Política Forestal Castilla y León.
Aprovado no âmbito do Programa de Cooperação INTERREG VI-A España-Portugal (POCTEP) 2021-2027, este projeto, sucessor dos programas ARIEM+ e ARIEM 112 e complementar ao PROTEMPO, tem como objetivo principal “aprofundar a cooperação e a atuação conjunta, à escala transfronteiriça, em matéria de emergência, almejando promover uma melhoria da capacidade de resposta das unidades de emergência transfronteiriças perante eventos adversos relacionados ou potenciados pelas alterações climáticas e riscos tecnológicos com impacto nos ecossistemas da euroregião”.
Por outro lado, este projeto pretende “contribuir para o reforço dos meios disponíveis ao nível dos equipamentos, apostando igualmente na formação e capacitação de agentes operacionais e na mobilização e sensibilização da população sobre como reagir perante emergências”.
O orçamento total do projeto ronda os 4,8 milhões de euros, dos quais mais 538 mil estão afetos à CIM Alto Minho.
Durante a sua intervenção, Manoel Batista saudou a intervenção inovadora deste projeto, pela abordagem abrangente que fará, não se focando somente na questão dos incêndios, mas estendendo-se a outros eventos adversos que acontecem por via das alterações ambientais.
“O sucesso deste projeto será o sucesso dos nossos territórios que se tornam mais resilientes, mais protegidos e mais capacitados”, salientou.