A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM) vai enviar à ministra da Coesão Territorial um ofício para saber se foram aprovadas as candidaturas municipais a verbas para reparar os prejuízos do mau tempo de janeiro, revelou hoje o presidente.
Em declarações à Lusa, Manoel Batista explicou que a decisão foi tomada na segunda-feira, na reunião do Conselho Intermunicipal do Alto Minho, composto pelos 10 presidentes de câmara de cada um dos municípios da CIM.
Os autarcas querem “clarificar se as candidaturas foram aprovadas e qual a verba que cabe a cada município”, explicou o também presidente da Câmara de Melgaço.
Manoel Batista disse que a CIM “não tem informação sobre as candidaturas” e que “não chegou nada” aos municípios mais afetados pelo mau tempo de 01 de janeiro – Caminha, Valença, Vila Nova de Cerveira e Viana do Castelo.
“A informação que foi dada há um mês foi que o dinheiro viria a breve trecho”, observou o presidente da CIM, referindo que “os instrumentos financeiros ainda não estarão disponíveis para as autarquias”.
Daí o oficio a enviar à ministra, numa tentativa de “acelerar o processo”, explicou.
Rui Lages notou que ainda nem houve resposta às candidaturas apresentadas para financiamento dos prejuízos, que em Caminha são superiores a “13 milhões de euros”.
“Passados sete meses, o Estado não deu resposta à população. Não se sabe que candidaturas foram aprovadas, se chega o dinheiro ou quando chega”, lamentou o autarca.
Em janeiro, após a reunião do Conselho de Ministros, a ministra da Coesão Territorial indicou existirem, por todo o país, prejuízos de 293 milhões de euros devido à chuva intensa de dezembro e janeiro, referindo que o Governo ia conceder apoios de 185 milhões de euros.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) no Alto Minho contabilizou, no início de janeiro, em 20 milhões de euros os prejuízos provocados pelo mau tempo no primeiro dia do ano.
Também em janeiro, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) contabilizou os prejuízos causados pelo mau tempo em dezembro e janeiro nos 60,5 milhões de euros, excluindo o setor privado,
A Lusa contactou a CCDR-N e o ministério da Coesão Territorial, mas até ao momento não recebeu resposta.