O início da operação da linha de alta velocidade entre Porto e Lisboa está previsto para 2029, com 19 viagens por sentido por dia. Em seis anos, serão oferecidos 38 comboios por dia que ligarão as duas principais cidades portuguesas através da nova travessia. Segundo o estudo de impacto ambiental para o lote A da nova linha, entre Porto e Oiã, que está em consulta pública desde sexta-feira, 12 das 19 viagens diárias por sentido não terão paragens.
A estação de Campanhã, no Porto, será ampliada para receber o novo serviço ferroviário. No local, serão construídas quatro linhas dedicadas à alta velocidade, duas para resguardo e duas para entrada e saída de passageiros. A plataforma terá 420 metros de extensão. Depois de sair de Campanhã, o comboio passará por um novo viaduto para a linha de alta velocidade, que será paralelo ao atual viaduto que serve a Linha do Norte.
A construção da nova ponte rodoferroviária entre Porto e Gaia permitirá a passagem do “TGV português” a uma velocidade entre 70 e 120 km/h, idêntica à atual ponte ferroviária de S. João, que servirá os restantes tipos de serviços ferroviários. A nova ponte tem um custo estimado de 110 milhões de euros. Após atravessar o rio Douro, o comboio poderá parar na nova estação ferroviária subterrânea de Santo Ovídio, em Gaia.
O comboio de alta velocidade poderá atingir até 300 km/h, após a estação de Santo Ovídio, e, um pouco mais adiante, em Canelas (concelho de Estarreja), será construída uma variante para que o comboio possa entrar na Linha do Norte e pare na atual estação de Aveiro. O orçamento total para a nova linha de alta velocidade é de 4,5 mil milhões de euros, sendo que o lote entre Porto e Oiã custará 1,45 mil milhões de euros.