A Corunha, na Galiza, ficará a cerca de duas horas e meia do Porto com a construção da linha ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Vigo, disse hoje em Matosinhos o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal.
Segundo Carlos Fernandes, responsável da Infraestruturas de Portugal (IP) pelo setor ferroviário, “alguém que venha da Corunha para apanhar o avião, estará a pouco mais de duas horas de distância”, estimando o tempo percorrido em duas horas e 23 minutos.
O responsável da IP fazia uma apresentação dos investimentos previstos na área da alta velocidade ferroviária, durante a Portugal Railway Summit 2022, que decorre hoje e na terça-feira no terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, no distrito do Porto
A ligação do Porto à ponta norte da Galiza enquadra-se na linha de alta velocidade a ser construída até Vigo, que segundo o responsável será feita em duas fases.
O projeto compreenderá “estações em Porto Campanhã, depois numa segunda fase no aeroporto Francisco Sá Carneiro, uma nova estação em Braga, e uma estação em Valença”, disse Carlos Fernandes.
Na primeira fase, envolvendo a construção entre Braga e Valença, “os comboios usam parte da linha do Minho, entram depois na nova linha e vão até Vigo, numa solução também a construir de raiz do lado espanhol, com uma ligação, no sul de Vigo, em túnel, que liga a esta nova linha”.
“Isto permitirá logo, na primeira fase, atingir tempos entre Porto e Vigo de cerca de uma hora”, tempo que passará para cerca de “48 a 50 minutos depois da segunda fase construída”.
A fase 1 da ligação ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Vigo poderá vir a custar mais 350 milhões de euros do que o previsto inicialmente, segundo um documento apresentado por um diretor da IP, José Carlos Clemente, feita em 21 de fevereiro.
A estimativa da empresa pública aponta agora para cerca de 1.250 milhões de euros, quando a apresentação inicial do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, divulgada em outubro de 2020, apontava para 900 milhões de euros.
Quanto às outras fases, a segunda, prevista para depois de 2030, compreende a ligação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Maia) para o Minho e a Galiza, e está estimada em 350 milhões de euros pela IP.