Alojamento turístico com 3,2 milhões de hóspedes em julho mantém tendência de abrandamento

Dados do Instituto Nacional de Estatística
Alojamento turístico com 3,2 milhões de hóspedes em julho mantém tendência de abrandamento
Foto: Thiago Correia / O MINHO / Arquivo

O alojamento turístico registou 3,2 milhões de hospedes e 9,0 milhões de dormidas em julho, refletindo subidas homólogas de 1,5% e 2,1%, respetivamente, mantendo tendência de abrandamento, divulgou hoje o INE.

Segundo as estatísticas da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística (INE), os aumentos registados em julho comparam com as subidas de 6,8% nos hóspedes e de 5,0% nas dormidas observadas em junho.

O crescimento homólogo do número de hóspedes reflete variações opostas entre os residentes em Portugal e os residentes no estrangeiro, com os dados a revelarem que em julho os primeiros recuaram 3,4% enquanto os segundos subiram 4,6%.

Em junho, tanto os hospedes residentes em Portugal como os residentes no estrangeiro evidenciaram crescimentos homólogos (de 6,8% e 6,7%, respetivamente).

Os dados do INE mostram também que o crescimento dos proveitos totais manteve a trajetória de abrandamento em julho, subindo 7,2%, após terem crescido a dois dígitos em junho e maio (12,7% e 15,3%, respetivamente), atingindo 803,0 milhões de euros.

Esta evolução dos proveitos totais reflete “o abrandamento do crescimento do total de dormidas nos últimos dois meses”, refere INE, notando que o mesmo sucedeu com os proveitos de aposento, que aumentaram 7,7% (+12,7% em junho e +15,5% maio), ascendendo a 640,4 milhões de euros.

“O abrandamento do crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de julho”, refere ainda a informação hoje divulgada pela autoridade estatística nacional.

Assim, na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (que pesam 85,9% e 84,2% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 7,0% e 7,4%, pela mesma ordem.

Já nos estabelecimentos de alojamento local, houve aumentos de 8,3% nos proveitos totais e 9,6% nos proveitos de aposento (quotas de 9,7% e 11,3%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (que pesam 4,4% nos proveitos totais e 4,5% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 10,2% e 9,7%, respetivamente.

Por regiões, o Algarve foi a que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,8% dos proveitos totais e 34,3% dos proveitos de aposento) e os Açores a que registou o maior crescimento homólogo (18,8% nos proveitos totais e 21,2% nos de aposento), sendo que todas as regiões tiveram subidas homólogas.

No mês em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 96,4 euros (subido 5,4% face a julho de 2023) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 144,9 euros (+6,1%), com o INE a destacar que o ADR voltou a atingir os valores mais elevados no Algarve (181,5 euros) e na Grande Lisboa (160,8 euros).

Estas duas regiões tiveram também o valor de RevPAR mais elevado, com o Algarve a registar 133,4 euros e a Grande Lisboa 121,5 euros, com as regiões autónomas a terem os crescimentos mais expressivos (+16,5% nos Açores e +16,3% na Madeira).

No acumulado de janeiro a julho, as dormidas registaram um crescimento de 4,1%, atingindo 44,5 milhões, “dando origem a aumentos de 11,1% nos proveitos totais e de 11,0% nos de aposento”. Em termos acumulados, os proveitos totais atingiram 3,6 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 2,7 mil milhões de euros nestes primeiros sete meses do ano.

Dos 9,0 milhões de dormidas contabilizadas em julho, o município que concentrou o maior valor foi Lisboa com 1,5 milhões (16,2% do total de dormidas), seguido de Albufeira, com 1,1 milhões.

O INE refere ainda que, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), se registam em julho 3,6 milhões de hóspedes e 10,3 milhões de dormidas, refletindo crescimentos de 0,9% e 1,6%, respetivamente.

 
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